No ano passado morreram 22 pessoas, 19 mulheres, 2 ainda meninas, em situações de violência dentro da própria casa e na própria família. Os números variam de ano para ano.
Mas todos os anos, todos os anos, há mulheres que morrem assassinadas pelos seus maridos, companheiros, namorados. Outras, centenas, vivem aterrorizadas e numa luta constante entre se defenderem e protegerem os seus filhos e filhas. Tudo isto se passa dentro de uma casa perto de nós, na “intimidade do lar”.
Aumentam os relatos de situações de assédio, seja laboral, seja sexual. Aumenta o assédio nas redes sociais e a partilha de conteúdos não autorizados. Querem controlar a vida das mulheres através da intimidação, da chantagem e da humilhação. Este é o dia a dia de muitas de nós agravado pelas dificuldades em pagar a renda, a conta da luz e do supermercado.
Não devia ser assim! 50 anos de Liberdade deveriam também significar toda a liberdade para as mulheres, sem ameaças, sem intimidação, sem chantagem, sem violência, sem morte.
No próximo dia 8 de Março vamos sair à rua.
Somos feministas e em primeiro lugar isso significa que dizemos PRESENTE para que nenhuma mulher se sinta só! Marchem connosco, todas juntas, ocupando as ruas, essa é a garantia de que não voltaremos atrás!