swaps

Na audição desta terça-feira na comissão parlamentar de inquérito, o ex-ministro das Finanças desmentiu a sucessora, dizendo que "como profissional experiente nesta matéria estava de longa data informada sobre a existência e as características" dos swaps. 

Maria Luís Albuquerque afinal encontrou disponibilidade de agenda para comparecer à comissão de inquérito parlamentar aos "swaps" e tentar convencer os deputados de que não lhes mentiu.

O coordenador nacional do Bloco de Esquerda afirmou esta sexta feira que há escolhas para ministros e secretários de Estado que "envergonham o país e a democracia", salientando que a ministra das Finanças "tem sempre chegado atrasada à verdade".

Ana Drago mostra como Maria Luís Albuquerque foi desmentida por cinco personalidades envolvidas no processo dos “swaps”, incluindo o próprio Vítor Gaspar, quando afirmou que nada lhe fora transmitido sobre o caso aquando da transição de pastas. A atual ministra também faltou à verdade quando disse que a resolução dos contratos não custou nada aos cofres do Estado.

Maria Luís Albuquerque teve conhecimento do caso quando tomou posse como secretária de Estado do Tesouro, em junho de 2011, disse o ex-secretário de Estado do Governo PS, Carlos Costa Pina, na comissão de inquérito parlamentar. Bloco chama a ministra de novo à comissão.

O JP Morgan, um dos maiores bancos de investimento do mundo, diz que há um problema no sul da Europa, mas não é nem a elevada taxa de desemprego, ou a recessão induzida pela austeridade. É a constituição, de “forte cariz socialista”, e os direitos laborais inscritos nas constituições pelos partidos de esquerda depois da queda dos regimes fascistas.

O problema dos swaps tem evidentemente implicações diretas no bolso dos contribuintes. Tende a agravar os impostos e cortes no estado social, retira ao Estado recursos que poderiam ser utilizados para criar emprego. Aprofunda a crise da austeridade. Será que o problema está a ser resolvido? Artigo de Eugénia Pires, publicado em auditoriacidada.info

A deputada do Bloco de Esquerda, Ana Drago, em conferência de imprensa na Assembleia da República sobre os contratos Swap.

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O primeiro-ministro e líder da coligação PSD/CDS apresentou esta tarde a demissão de Vítor Gaspar, do cargo de ministro de Estado e das Finanças, ao Presidente da República. Para a sua substituição será nomeada Maria Luís Albuquerque, que tem estado sob fogo devido ao seu envolvimento no caso dos contratos swap. Por seu turno, Paulo Portas passa a número dois do Governo.

A coordenadora nacional do Bloco afirmou que “é uma irresponsabilidade, uma leviandade que o Governo possa ter estado dois anos sentado em cima de um problema como os swaps ao mesmo tempo que diz que quer cortar mais 4 mil milhões de euros naquilo que é essencial à vida das pessoas”. “É mesmo a marca de um Governo indecente”, frisou Catarina Martins, adiantando ainda que “a troika está tão incapaz de dar resposta ao nosso país como o Governo”.

O ex ministro das Finanças afirmou este sábado que Vítor Gaspar recebeu “toda a informação necessária” sobre os contratos swap envolvendo empresas públicas numa reunião a 18 de junho de 2011. Teixeira dos Santos estranha que o executivo “tenha demorado dois anos para despertar para a questão e fazer alguma coisa quanto a isso”.

A coordenadora bloquista questionou o primeiro-ministro sobre a sua escolha de pagar aos bancos os swaps ruinosos em vez de pagar os subsídios de férias dos trabalhadores e reformados.

O Bloco de Esquerda denunciou no Parlamento a conduta do Governo no caso dos swaps das empresas públicas. Ana Drago diz que o objetivo sempre foi branquear a ação do braço-direito de Vítor Gaspar, a secretária de Estado que assinou os contratos ruinosos quando estava na Refer. E no fim, o Estado vai pagar 2000 milhões de euros aos bancos que o enganaram.

Ana Drago defendeu que a entrega do processo dos swaps a Maria Luís Albuquerque, que assinou vários dos contratos ruinosos, "é o mesmo que entregar o julgamento a um dos arguidos".

Governo inscreveu no orçamento retificativo mais de mil milhões para a resolução de contratos de 'swap' especulativos, segundo identificaram os técnicos do parlamento. Metro de Lisboa, Metro do Porto e Refer receberão mais 1.187 milhões de euros.

O banco norte-americano JP Morgan, que há poucas semanas interpôs três processos contra o Estado português nos tribunais londrinos, acaba de ser escolhido para assessorar a privatização dos CTT. Bloco de Esquerda pede explicações sobre os motivos desta escolha.

O IGCP, liderado pelo ex-Goldman Sachs João Moreira Rato, pagou meio milhão de euros a uma equipa de assessores por seis meses de trabalho a decifrar os contratos swap das empresas públicas. Entre eles está o antigo representante do Citigroup que assinou a ruinosa titularização da dívida com Barroso e Ferreira Leite.

O Bloco de Esquerda questionou esta quinta feira o ministro das Finanças, através de uma pergunta dos deputados Ana Drago e Pedro Filipe Soares, sobre o acréscimo das perdas potenciais nos contratos swap com a descida da taxa de juro do BCE.

Catarina Martins acusa o ministro das Finanças de ter conhecimento dos contratos de alto risco celebrados por empresas públicas e nada ter feito. Resultado: nos dois anos deste governo, o buraco causado passou de 1.400 milhões para 3 mil milhões de euros. “Vítor Gaspar é culpado por estes 1.700 milhões que se perderam enquanto ele estava com o 'dossier' na gaveta”, disse a coordenadora do Bloco.

Ana Drago considera incompreensível que o “ministro da austeridade” conhecesse situações de alto risco nas empresas públicas desde junho de 2011 e tivesse permitido que os contratos continuassem em vigor.