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Artigos dossier | 3 de Novembro 2007

Foi há 95 anos. A 25 de Outubro de 1917 segundo o calendário juliano ou a 7 de Novembro segundo o gregoriano, irrompia a Revolução Russa. Republicamos aqui o dossier que o esquerda.net elaborou sobre a Revolução de Outubro, em 2007.

Artigos dossier | 3 de Novembro 2007

No youtube é possível encontrar muitos pequenos vídeos sobre a Revolução de Outubro. O Esquerda.net seleccionou alguns, nomeadamente cenas do filme "Reds" (realizado em 1971 por Warren Beatty e cuja personagem principal é John Reed, jornalista americano que cobriu os acontecimentos da altura e se envolveu na luta revolucionária) e outros vídeos, feitos maioritariamente a partir de cenas dos filmes de Eisenstein. Não deixe também de ouvir algumas versões da música "A Internacional", em raggae, em charanga (estilo cubano) e em Punk-Rock (Garotos Podres)

Artigos dossier | 3 de Novembro 2007

A revolução de Outubro só foi possível depois de muitos esforços e sacrifícios da classe operária e dos camponeses, oprimidos e entregues à miséria durante o czarismo. A guerra foi sempre um elemento desencadeador de revoltas, tanto no ensaio geral de 1905 (durante a guerra Rússia-Japão) como na revolução de 1917 (participação da Rússia na primeira guerra mundial). O Esquerda.net apresenta aqui uma cronologia dos principais acontecimentos.
 

Artigos dossier | 3 de Novembro 2007

A mistificação consiste em culpar a revolução de Outubro pelas desfigurações, erros e desvios que, em determinadas condições históricas, marcadas por uma constante pressão externa, uma série de conspirações e agressões internacionais, levaram à génese de um modelo que aprisionou as forças sociais e humanas libertadas pela revolução, contrariou em aspectos determinantes os princípios e o desenvolvimento da teoria revolucionária do marxismo-leninismo, violou a legalidade socialista e virou costas a princípios fundamentais do ideal comunista.

Artigos dossier | 3 de Novembro 2007

Com a queda do regime czarista e uma vez fracassado o parênteses democrático de Kerensky, o processo revolucionário acelera. É aí que o "poder dos sovietes" deverá confrontar-se "com o oceano camponês", como explica com fineza o historiador Moshe Lewin. Entretanto, espera-se o "aliado privilegiado": o proletariado europeu. Ou a aparição de crises revolucionárias noutros países. Neste contexto, o Estado é a única mediação que o "poder soviético" tem no seu vínculo com as massas operárias e camponesas. Aqui nasce o nó complexo das relações entre Partido-Estado-Sociedade.

Artigos dossier | 3 de Novembro 2007

Se entendermos a revolução como um elo vindo de baixo para cima, aspirações profundas de um povo, e não a execução de algum plano mirabolante imaginado por uma elite esclarecida, não há nenhuma dúvida que a Revolução Russa foi uma, no sentido pleno da palavra. Basta notar as medidas legislativas tomadas nos primeiros meses e no primeiro ano pelo novo regime para compreender que elas significaram uma transformação radical das relações de propriedades e de poder, às vezes mais rápida do que o previsto e desejado, às vezes mesmo além do desejável, sob a pressão das circunstâncias.

Artigos dossier | 3 de Novembro 2007

Quer pela sua natureza, quer pela sua relativa previsibilidade, os acontecimentos revolucionários de Outubro (Novembro no Ocidente), ocuparam um espaço mais reduzido nos títulos dos periódicos portugueses do que a deposição do Czar em Fevereiro. Por um lado, em Fevereiro, apesar de algumas dúvidas iniciais, os factos pareciam apontar para um reforço da posição dos Aliados, por outro, a surpresa de Outubro era apenas relativa, não constituindo um fenómeno absolutamente imprevisto.

Artigos dossier | 3 de Novembro 2007

As mulheres que participaram na Grande Revolução de Outubro - quem eram elas? Indivíduos isolados? Não, havia multidões delas; dezenas, centenas e milhares de heroínas anónimas que, marchando lado a lado com os operários e camponeses sob a Bandeira Vermelha e a palavra de ordem dos Sovietes, passou por cima das ruínas do czarismo rumo a um novo futuro...

Artigos dossier | 3 de Novembro 2007

Até Fevereiro de 1918 não importava quem podia votar para eleger deputados aos Sovietes. Se a burguesia tivesse exigido e organizado a sua representação nos Sovietes, isto ter-lhe-ia sido permitido. Por exemplo, durante o regime do Governo provisório, houve uma representação burguesa no Soviete de Petrogrado: um delegado da União das profissões liberais, que incluía médicos, advogados, professores, etc.

Artigos dossier | 3 de Novembro 2007

Em Fevereiro de 1917 inicia-se a parte mais importante do processo revolucionário. O czar concede poder a um governo provisório, que no entanto não cumprirá as promessas de "Pão, Terra e Paz". A Rússia continua a participar na primeira guerra mundial, frustrando os anseios do povo e dos soldados. Daqui até à Revolução de Outubro, os bolcheviques vão crescer muito rapidamente, assegurando a maioria em alguns sovietes estratégicos. Transcrevemos aqui um texto de João Aguiar, publicado no blogue "As vinhas da Ira", que retrata bem este período crucial. 

Artigos dossier | 3 de Novembro 2007

No início do século XX, a Rússia contava com 176 milhões de habitantes, mais do que a soma das populações de Alemanha, França e Inglaterra. Era um país pobre e atrasado tecnologicamente, conhecido como o "celeiro" da Europa por apenas exportar cereais ao Velho Continente. 80% da sua população activa vivia no campo, em muita regiões nem sequer se conhecia o arado. Os camponeses viviam na miséria, trabalhavam a -25ºC, com roupas de pano e botas de papelão. Do outro lado, no Palácio de Inverno, os bailes com a realeza europeia, os uniformes de gala e as prendas luxuosas que o Czar Nicolau II oferecia à sua família sucediam-se constantemente.

Artigos dossier | 3 de Novembro 2007

Foi há 90 anos que operários, soldados e camponeses russos assaltaram o Palácio de Inverno para derrubar um regime que os oprimia com a guerra, a fome e a miséria. Para revisitar a época e pensá-la hoje, consulte o dossiê elaborado pelo Esquerda.net.