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25 de Abril

Falta-nos o encontro, a festa, as caras conhecidas e desconhecidas, os cravos, falta-nos aquele abraço. Mas celebramos Abril porque lutamos, porque agradecemos a ousadia, a coragem de quem lutou . Celebramos a democracia e a liberdade com que agora podemos construir soluções para vencer a crise.

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Este ano, celebramos o 25 de Abril com a angústia de não o podermos fazer na rua.
Falta-nos o encontro, a festa, as caras conhecidas e desconhecidas, os cravos que enchem as avenidas de liberdades com gente de todas as idades, falta-nos aquele abraço.
Junta-se a angústia, a angústia da doença, do salário cortado, do desemprego. Junta-se a angústia do medo. Do medo do vírus, da crise, do que será.
Mas ainda assim celebramos o 25 de Abril.
Porque celebramos o Serviço Nacional de Saúde, essa construção Abril que é o pilar de todos os dias e destes dias.
Celebramos a Escola Pública, que se reinventa na sua universalidade.
Celebramos o Estado Social, a proteção que essa construção solidária, com todos os problemas e insuficiências nos dá. É o melhor que temos.
E celebramos o 25 de Abril, porque celebrar é lutar.
Lutar por tudo o que falta fazer, lutar pelo direito à habitação, esse pilar do Estado Social que nunca foi construído e que hoje condena pessoas aos confinamento em casas sem condições ou mesmo a não ter casa onde ficar.
Celebramos porque lutamos.
Lutamos contra a precariedade, lutamos pelo salário digno, pelo emprego digno, essa condição de um país justo, de uma economia forte.
Celebramos o 25 de Abril porque agradecemos a ousadia, a coragem de quem lutou e olhou sempre mais longe.
Celebramos a democracia e a liberdade com que agora podemos construir soluções para vencer a crise.
Viva o 25 de Abril!