A poeira da política da austeridade entranha-se nas vidas difíceis como uma tempestade de areia que vem transformar o território da maioria das pessoas, alisando-o, tornando-o monótono, árido, sem vida.
A força da greve de dia 24 de Novembro não pode ficar por aqui. Tem que continuar, dia a dia, mas terá, certamente, que ser chamada a comparecer nas ruas noutra grande mobilização de greve geral.
Os verdadeiros fazedores da crise não se mostram. Estão numa clandestinidade prudente, no ninho de ratos das agências, miméticos, confundem-se com as paisagens.
A greve geral é um grande protesto contra a desastrosa política de austeridade imposta pelo governo PSD e pela troika. Nesta luta constrói-se unidade para mudar a situação no país, juntam-se pontes para lutar pela mudança na UE.
A manutenção de um canal público sem publicidade, no caso português e com este governo, significa simplesmente que não vai ter financiamento para programação de grandes audiências.