O Governo prepara-se agora para o maior aumento dos preços de transportes de sempre. E já avisou, pode bem não ficar por aqui. Tenha o Governo uma certeza: a contestação popular também não vai ficar por aqui.
O ministro das finanças disse que Portugal está próximo de “um ponto de viragem” na crise. De facto, são poucos aqueles que não sentem o enjoo da viragem, ou melhor, das guinadas deste Governo.
Se a segurança rodoviária fosse realmente um “bem comum”, se o transporte se tornasse um serviço e não um Status, talvez déssemos um passo em frente na organização de uma vida mais digna.
Esta semana Angela Merkel apoiou a emissão de obrigações de dívida pública alemã destinada aos Länder, os Estados regionais que compõem o Estado Federal Alemão. Com esta aprovação a mensagem é clara. Mão-de-ferro no que à Europa toca, mas dentro de portas as contas são outras.
Vamos imaginar Passos Coelho a contar tostões para ir à farmácia. Paulo Portas a perguntar o preço da carne e a ficar-se pelas asas de frango, já com cinco prestações da casa em atraso...
O novo Tratado não resolve nenhum problema. Ele é mais um problema. A sua lógica, como a do Plano de Estabilidade e Crescimento que lhe serve de base, é recessiva.
O discurso da direita sobre a confiança faz-se para manter intocado algo que é, por definição, tudo menos digno de confiança: o primado dos mercados financeiros.