O cumprimento ou não de uma promessa ou compromisso político passou a ser um detalhe no contexto atual. E torna-se particularmente lamentável constatar que os cidadãos já nem esperam outra coisa que não as mentiras.
O Pacto Orçamental causa um dano bem mais profundo do que encravar institucionalmente o exercício da democracia no curto e médio prazos; historicamente, pode representar a sua diluição cultural.
Com valores a rondar os 15% nas sondagens para as eleições presidenciais francesas, Jean-Luc Mélenchon protagoniza o inesperado: a relevância de uma esquerda que não se rendeu ao liberalismo.
O PS pede ao PSD e CDS que finjam que haverá amanhã uma adenda que todos sabem que nunca existirá, em troca da certeza de hoje de um tratado que todos sabem que é prejudicial. O PS quer salvar a face, não quer proteger o emprego.
Ninguém tenha dúvidas: o governo já decidiu fechar a maternidade Alfredo da Costa. Tudo o que digam, agora, o ministro e outros responsáveis do ministério, é conversa fiada para iludir a opinião pública e dividir e enfraquecer o campo dos que se opõem a esta medida.
O Governo, qual quadrilha, em reunião secreta decidiu suspender as reformas antecipadas para todos os que tiverem mais de 57 anos de idade e no mínimo 30 anos de descontos, decisão secretamente aceite e publicada pelo chefe.
Reconhecer crítica e lucidamente quer os limites dos partidos políticos, quer os limites dos movimentos sociais, poderá significar não ampliar os atavismos e bloqueios mas, pelo contrário, potenciar os novos combates.
A alternativa política à esquerda emergirá de todas e todos quantos couberem numa aliança comprometida com uma oposição popular à intervenção externa, de uma ampla aliança pelo salário, o estado social e a democracia.