As consequências sociais da crise pandémica definiram a urgência com que o Bloco de Esquerda encarou a negociação do orçamento municipal para 2021. Em 2020, implementámos uma resposta de emergência sem paralelo, e esta resposta será reforçada em 2021.
Todos os anos, Portugal perde 850 milhões de euros devido ao abuso fiscal proporcionado por offshores e jurisdições semelhantes, dados da Tax Justice Network (TJN). É o equivalente ao salário anual de quase 50.000 enfermeiros.
As políticas para as pessoas com deficiências não podem ser sobras para pessoas que sobram, uma espécie de paliativo cheio de boas intenções mas que não atua onde tem que atuar.
Aprovado que está o Orçamento do Estado (OE) importa refletir sobre implicações que daí possam advir. Os orçamentos, sejam eles de Estado ou Municipais, são sempre determinantes, os do próximo ano serão cruciais.
O argumento mais invocado para apoiar a Estratégia Nacional para o Hidrogénio é a ideia de que a mesma tem alguma coisa que ver com descarbonização e combate às alterações climáticas. Apesar do valor propagandístico, a ligação entre hidrogénio e descarbonização é ténue.
As políticas públicas de habitação permanecem num aflitivo estatuto de menoridade, remetendo a resposta para o mercado e para as famílias, confrontadas com taxas de esforço para pagar a renda que levam mais de metade dos seus salários.
Saber se a presença em frente ao Parlamento de nove empresários em greve de fome, faz mais ou menos pelas reivindicações do sector da restauração, hotelaria e diversão nocturna é algo de muito questionável.