Esta semana o Bloco de Esquerda confrontou António Costa na Assembleia Municipal de Lisboa (AML) sobre a sua proposta de contratar trabalhadores para a limpeza urbana a recibo verde e em regime de contrato emprego inserção. Precariedade e exploração é a marca desta proposta.
Quanto valerá o tempo das mulheres privadas do direito à maternidade, por serem obrigadas em diversas empresas a assinar o compromisso de não engravidarem durante cinco anos, para poderem trabalhar?!
O Governo e as autarquias chamam-lhes Contratos Emprego Inserção. Três palavras para três mentiras. Não são contratos porque não há qualquer vínculo. Não são emprego porque não pressupõem salário. Não são inserção porque nunca são inseridos nos quadros.
Encarar os problemas da sociedade com uma perspetiva pragmática exige pensar em mudanças sociais que invertam a relação de forças que está na sua origem e não em falsas soluções que fortalecem esta relação de forças.
A urgência de reivindicarmos e contribuirmos para a construção coletiva de “políticas culturais transformadoras” coloca-se desde sempre, designadamente desde que vivemos num regime político democrático.
O pretexto destas linhas é a adesão da cantora e compositora angolana Aline Frazão a uma ideia com potencial emancipatório: trocar a Lusofonia pela Galeguia.
Quando pensamos na Escola, como espaço pedagógico e a Escola como espaço clínico, creio que temos de começar por analisar a sociedade em que vivemos ou sobrevivemos.
A emigração é bode expiatório para a paupérrima governação, é a expiação de todos os infortúnios, é a justificação de argumento vazio e desleixado dos que não entendem homens e mulheres de todo o mundo como seres humanos de igual direito.