O programa de recuperação que o país precisa tem de cumprir o desafio do Secretário-Geral da ONU e aumentar substancialmente o investimento em educação. Tem de confiar nos professores e reforçar a escola pública.
O Bloco mantém a luta e a proposta de um regime que integre nos quadros os professores após 3 anos de contrato. Só lamentamos que a secretária da Educação tenha desertado desta luta que, durante tantos anos, travou.
Apesar da resposta inicial europeia, que levou ao sucesso científico sem precedentes, as vacinas alcançadas não são hoje um bem comum. Para alguns esta tragédia é uma gigantesca oportunidade de lucro e estratégia europeia desmorona-se em fracassos.
A ideologia salazarista da “saúde entregue aos privados” era sustentada, nas palavras do próprio Salazar, na ineficácia da gestão pública e na superioridade da gestão privada. Foi necessária a revolução de Abril para transformar o papel do Estado na oferta de cuidados de saúde.
É lamentável que o PS, que no passado aceitou juntar-se aos partidos de Esquerda para recorrer ao Tribunal Constitucional contra os cortes da troika, admita agora voltar ao Palácio Ratton para travar apoios a quem mais precisa.
É mais que tempo de as velhas auto-imagens da advocacia – o profissional liberal auto-suficiente – se confrontarem com a realidade da precarização e da dependência económica. E essa imagem da advocacia mais fiel à verdade das coisas terá de ter expressão na proteção social.
João Lourenço ainda está a tempo de imprimir uma nova orientação à Comissão para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP).
Venho sugerir um tema, que não é inédito, mas que merece ser considerado com maior urgência: retirar os carros da zona central das grandes cidades. Há duas razões de fundo para essa proposta.
O vírus revelou e multiplicou as desigualdades sociais (de classe, de género, de etnia), atingindo os mais vulneráveis (os pobres, os racializados, as mulheres).