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Quem protege o ambiente?

A luta em defesa do ambiente seja na bacia hidrográfica do rio Tejo ou em outro ponto qualquer não abrandará. Ao Governo atual é exigido que resolva imediatamente as situações das empresas fora da lei.

As intimidações

A 16 de abril do corrente ano Arlindo Marques e mais três ambientalistas foram identificados pela GNR de VV de Rodão (antenalivre.pt), quando estavam a colocar, provisoriamente, duas faixas alusivas à poluição no rio Tejo, que serviriam de fundo a um curto vídeo amador de sensibilização para a temática do rio Tejo. A empresa continuou a poluir!

No passado dia 25 de julho, a violência física e psicológica, foram as “armas” da intimidação. Arlindo Marques foi agredido e só não foi atropelado por mero acaso assim como o seu filho de 10 anos. Até ao momento não houve nenhuma declaração das entidades competentes a respeito deste gravíssimo caso.

A Poluição

Ontem, seguindo a Vala do Pinhal, o ribeiro do Serradinho e a Ribeira da Boa Água, no Concelho de Torres Novas, um cheiro pestilento e irrespirável acompanhou-nos até ao TorresShoping. Como é possível viverem aqui pessoas? A Vala do Pinhal nesta altura estaria seca se não fosse alimentada por um efluente vindo da Fabrióleo. Algumas centenas de metros, a jusante, numa vinha seca, os vestígios indicam a descarga de efluentes que depois vão dar à linha de água, transformando a sua cor esbranquiçada, num negro que nos acompanha até ao Rio Almonda e daqui ao rio Tejo. Quem protege as pessoas que vivem aqui?

Reflexão de Arlindo Marques

Passado cerca de três dias do violento ataque, Arlindo Marques ainda não caiu em si “Penso… penso que podia ter corrido muito pior. Penso que podia ter morrido. Penso que podia ter ficado numa cadeira de rodas. Estou um tanto desorientado com tudo o que aconteceu e ainda não caí em mim.” Continuando Arlindo diz que “Esta situação vai incutir ainda mais medo e, cada vez menos, as pessoas denunciarão situações de poluição”. Sobre a Comunicação Social afirma: ” fui entrevistado por rádios, televisões, revistas e jornais e acredito que irão trazer muita força a esta causa e forçar o Ministério do Ambiente e a APA a resolver estes casos. Penso que isto um dia irá dar uma volta”.

As autoridades ausentes

A luta em defesa do ambiente seja na bacia hidrográfica do rio Tejo ou em outro ponto qualquer não abrandará ainda que casos destes possam continuar a ocorrer. Ao Governo atual é exigido que resolva imediatamente as situações das empresas fora da lei, seja com a suspensão da laboração ou com outra medida qualquer. Se não o fizer, continuará a ser conivente com estas situações.

Sobre o/a autor(a)

Membro da distrital de Santarém do Bloco de Esquerda
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