Está aqui

Quem, em nome dos mais ricos, quer acabar com a solidariedade terá no Bloco um travão

No ano em que o período da democracia ultrapassa o período da ditadura, a direita será derrotada e ergueremos no Porto o Museu da Resistência contra o fascismo! É desta memória que fazemos força!

Chegar ao último dia de campanha com uma sala com esta energia, depois da imensa arruada que tivemos em santa catarina, é mesmo muito bom! É por isso também que quero começar por deixar um abraço bem caloroso a todos e todas que fizeram esta campanha no distrito do Porto, de forma tão militante, tão empenhada, com tanta alegria e sentido de luta.

E que orgulho, orgulho imenso em ter feito esta campanha ao lado de tantos e tantas vocês, do José Soeiro, da Teresa Summavielle, da Ana Isabel, da Sónia, da Carla, do Hugo, do Pedro e tantos e tantas de vós aqui.

Os trabalhadores reconhecem o nosso trabalho

Nestas semanas fomos a muitos sítios, falámos com muitas pessoas. E as pessoas reconhecem-nos, reconhecem o nosso trabalho e vêm ter connosco.

Como aconteceu na Efacec, onde o André nos falava da luta do Bloco pela manutenção da nacionalização desta empresa central para a economia do distrito e do país. Na Efacec, os trabalhadores sabem que contaram e contam com o Bloco para a sua luta.

Ou como aconteceu quando nos encontrámos com trabalhadores dos CTT, as primeiras testemunhas e vítimas de uma privatização da direita que quis destruir uma empresa fundamental para o país em todo o território. E ouvimos novamente: sabemos que o Bloco tem estado e vai continuar a estar junto dos trabalhadores, na defesa dos serviços públicos para todos e todas.

Ou como ouvi ainda há dois dias, em Cedofeita, quando uma senhora me chamou para dar nota que com reformas tão baixas e problemas de saúde associados era impossível encontrar um lar para a sua mãe ter os cuidados de que precisa. Com alguma emoção, disse que não ia desistir e sabia que nós não desistiríamos também, e por isso votaria no Bloco.

Mas também quando falamos com os jovens que nos abordam, cujas promessas que o bloco central tem para oferecer são a manutenção da precariedade. E os jovens sabem que foi com o Bloco que contaram para vencer a ideia estapafúrdia de que por sermos jovens podemos estar expostos a períodos experimentais de 180 dias!

E sabem que mais? O Tribunal Constitucional deu-nos razão, essa norma é insconstitucional! Quem quer futuro neste país sabe que conta com a força do Bloco!

A fábula de que para as novas gerações a precariedade se chama empreendedorismo, que a selva laboral se chama mérito é mesmo isso: uma fábula! No Bloco não vamos em fábulas, no Bloco lutamos por um futuro para todos e todas.

Rio é a assombração que quer aplicar ao país a receita que aplicou a esta cidade

Camaradas, estamos no Porto, e vou ter que falar de assombrações. Daquelas que teimam em não desaparecer. Rui Rio é a maior delas.

Rio é a assombração que quer aplicar ao país a receita que aplicou a esta cidade: privatiza-se tudo, da cultura aos serviços públicos! Direito à habitação? Rio não sabe o que é.

Mas sabe o que é a insensibilidade e o preconceito. Rio é aquele que, vergonhosamente, assistia à destruição da casa de várias dezenas de famílias no Aleixo, enquanto estava num barco de luxo a beber champanhe!

É esta a receita que a direita quer para o país, mas que não passará! A direita que quer destruir serviços públicos, não tem política para a habitação e não gosta da cultura terá no Bloco de Esquerda a força que impede o país de andar para trás!

Camaradas, hoje deixamos o recado bem claro: sabemos quem Rui Rio é, o Porto sabe quem Rui Rio é, e por isso não lhe dará nova oportunidade.

Mas esta é uma assombração que gosta de companhia. Rui Rio traz com ele a assombração da Iniciativa Liberal, que, qual seita, idolatra o sacrossanto mercado acima de tudo.

A esta assombração dizemos, alto e bom som: quem, em nome da liberdade para os mais ricos, quer acabar com a igualdade e com a solidariedade terá no Bloco o seu travão. Não passarão!

Para concluir, a todas estas assombrações junta-se mais uma, qual gasparzinho, mas esta não terá mesmo sorte nenhuma no distrito do Porto.

O distrito do Porto, cumprindo a sua tradição antifascista, já demonstrou em eleições anteriores que não vai nas mentiras da extrema direita. É na memória da Invicta que encontramos os valores da liberdade que sempre caracterizaram esta cidade e o distrito.

Daqui dizemos com a força da história da luta das nossas gentes que construiu a República e abriu as portas de Abril com a resistência à ditadura do Estado Novo: não passarão!

Ergueremos no Porto o museu da resistência contra o fascismo

No ano em que o período da democracia ultrapassa o período da ditadura, a direita será derrotada e ergueremos no Porto o museu da resistência contra o fascismo! É desta memória que fazemos força!

A força que o Bloco de Esquerda terá depois do próximo domingo é a garantia de que há quem não falte a nenhuma luta!

Não faltamos à luta pela garantia dos trabalhadores na defesa dos seus direitos e pelo salário!

Não faltamos aos jovens na resposta às alterações climáticas e ao mundo que deixamos para as gerações futuras.

Não faltamos nunca ao combate contra o conservadorismo, contra a homofobia. E, como sabe tão bem esta cidade, não faltamos ao combate contra a transfobia

Não faltamos à luta pela igualdade contra o machismo daqueles que normalizam a violência e o abuso. Queremo-nos livres!

Não faltamos nunca ao combate contra o conservadorismo, contra a homofobia. E, como sabe tão bem esta cidade, não faltamos ao combate contra a transfobia.

É essa a luta do próximo domingo. Por um país mais justo, que responde por quem trabalha, pelos jovens, pelo ambiente, pelas mulheres!

Vamos à luta, vamos ao voto, com toda a força que a esquerda tem!

Intervenção no Comício do Bloco de Esquerda no Porto, 28 de janeiro de 2022

Sobre o/a autor(a)

Dirigente do Bloco de Esquerda. Licenciada em Ciências Políticas e Relações Internacionais e mestranda em Ciências Políticas
Termos relacionados Legislativas 2022
(...)