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Esta semana é de Luta!

Por todo o país há gente que não arrefece e protesta contra aumento das taxas moderadoras, contra o roubo dos salários e pensões, contra o aumento dos impostos e das portagens.

Por todo o país estão convocadas concentrações contra o aumento do horário de trabalho. Aqui, do lado esquerdo da vida é obrigação de tod@s os ativistas a maior dedicação e empenho para que fique claro que a roda da história só tem o sentido de se mover em frente.

Esta semana tem que ser mais uma etapa na acumulação de forças para as lutas que se avizinham no próximo ano.

Por todo o país há gente que não arrefece e protesta contra aumento das taxas moderadoras, contra o roubo dos salários e pensões, contra o aumento dos impostos e das portagens.

Porque neste país de sal como lhe chamou Ary dos Santos é preciso dizer-se o que acontece. Perante a maior ofensiva aos direitos do trabalho dos tempos da democracia, tudo serve para dar corpo às opções políticas que têm a marca do retrocesso civilizacional e da regressão social.

Tudo serve para minar a confiança, gerar cada vez mais descrenças e dúvidas, fazer crescer sentimentos de culpabilização, colocar pessoas da mesma condição social umas contra as outras.

Repetem-nos, sem parar, governo e patrões em linguagem escorreita que, existem direitos que têm que acabar, que é inevitável o empobrecimento, que vivemos acima das nossas possibilidades, que o nosso vizinho só é desempregado porque é malandro, que um outro nosso vizinho só recebe RSI porque é oportunista, que o jovem nosso amigo não é empreendedor, que o reformado do nosso lado tem que se habituar a gerir melhor a pensão e a não ir tantas vezes entupir a urgência do hospital ou do Centro de Saúde.

Justificam até à exaustão com palavras “caras” que a culpa é da divida, do défice, da falta de competitividade das empresas e das imposições de uns tais senhores da Europa que sempre aparecem acompanhados em todos os telejornais com uma senhora loura muito importante.

Advogam em muitos discursos e artigos de opinião ilustres comentadores e articulistas que as lutas são passadistas, que patrões e empregados têm a mesma força e a mesma condição, que os sacrifícios batem a todas as portas.

No entanto, e porque ainda são “bonzinhos alguns senhores do governo” darão umas migalhas a muito poucos. Registe-se e até há um senhor que lhe chama “ética na austeridade”.

E, dizem-nos tudo isto no turbilhão de programas televisivos de baixíssima qualidade de anúncios de “ compre um carro da ultima série X ou um perfume de marca Y que o/a tornará irresistível” ou ainda, “de peça um crédito para viajar ao preço da chuva”.

É este o retrato dum país que sucumbe ás garras dos seus donos para quem o dinheiro é sempre pouco para salvar o tal banco que o povo já confunde…Será BPN, BIC, SLN…

Mas no meio desta desmesurada confusão há um povo que saiu à rua no 12 de Março, no 15 de Outubro, no 24 de Novembro.

Há um povo que vai certamente ter a capacidade de juntar as mais amplas forças para fazer frente a tamanha ofensiva.

É deste povo que faremos parte. É por isso necessária uma grande participação e empenho para que a jornada desta semana represente uma resposta aos que os dizem que só pode ser assim.

Sobre o/a autor(a)

Dirigente do Bloco de Esquerda, funcionária pública.
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