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Ainda a venda de favor do BPN aos angolanos do BIC

A venda do BPN aos angolanos do BIC foi uma venda de favor, uma pechincha, um negócio entre amigos. A venda do Efisa por este valor é mais uma confirmação dessa borla oferecida por Passos Coelho, Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque.

O Banco Efisa - banco de investimento do antigo universo SLN/BPN - foi vendido pela empresa pública Parvalorem à sociedade Pivot SGPS, constituída precisamente no último dia do prazo para aquisição do Efisa.

O valor da transação foi de 38 milhões de euros, segundo a informação disponível. Em 2014, o Estado tinha injetado 52,5 milhões no Efisa. Enfim, o costume nas privatizações deste governo.

Mas há outros aspetos curiosos nesta venda. Como é possível que um pequeno banco de investimento, que não chega a ter meia centena de funcionários, sem atividade desde 2009, tenha sido vendido por um valor quase igual ao cobrado pelo governo de Passos quando vendeu o BPN aos angolanos por 40 milhões de euros, um banco então com mais de 200 balcões espalhados por todo o país e mais de 1500 funcionários?

Como podem avaliar-se por valores tão próximos dois bancos de natureza e dimensão tão diferentes?

A resposta não é difícil. A venda do BPN aos angolanos do BIC foi uma venda de favor, uma pechincha, um negócio entre amigos. A venda do Efisa por este valor é mais uma confirmação dessa borla oferecida por Passos Coelho, Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque.

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Médico. Aderente do Bloco de Esquerda.
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