Numa intervenção na Assembleia da República esta sexta-feira, Joana Mortágua considerou que a desigualdade salarial entre homens e mulheres é uma catástrofe e que a “sociedade compactua com níveis inaceitáveis de desigualdade salarial” o que “limita os direitos das mulheres e deixa-as mais suscetíveis a vários tipos de violência”.

Para ela, “quando as contas são feitas com detalhe, a percentagem de desigualdade chega a atingir os 21%, uma realidade que continua a ser ignorada”.

De acordo com a deputada, “a discriminação é estrutural, as mulheres são subvalorizadas e subrepresentadas em lugares superiores e de direção, são discriminadas pelas suas responsabilidades familiares e mais afetadas pela precariedade”. Por isso, “precisamos de instrumentos de transparência salarial e consequências reais para quando os casos são identificados”.