Sabias que durante a pandemia várias amas de creche familiar que trabalham para IPSS tiveram os seus salários de março e abril cortados, ou simplesmente deixaram de os receber, apesar de o Estado continuar a garantir os seus vencimentos por inteiro? Quem fica com o dinheiro da diferença? Como é que as amas conseguem pagar as suas despesas durante este período?
As amas de creche familiar trabalham há décadas para a Segurança Social e IPSS a falsos recibos verdes, completando a falta de oferta de creches do país. Com o PREVPAP (o Programa de Regularização Extraordinária de Precários na Administração Pública) foi reconhecido o vínculo a 271 amas da Segurança Social, mas mais de 400 amas a trabalhar em IPSS ficaram de fora, apesar de trabalharem indiretamente para o Estado, que financia a totalidade dos seus ordenados.
Com a Covid-19, o Estado garantiu o reforço do pagamento das amas nas transferências às IPSS, mas muitas das instituições cortaram ou simplesmente deixaram de pagar às trabalhadoras.
Nesta reportagem do esquerda.net, falámos com Cristina Sousa, ama de IPSS, com Luísa Sousa, da APRA (Associação dos Profissionais do Regime de Amas) e com Daniel Carapau, da Associação de Combate à Precariedade - Precários Inflexíveis.