Sábado e domingo, 12 e 13 de março, decorre a votação presencial dos emigrantes portugueses inscritos no círculo eleitoral da Europa. A votação por via postal prossegue, mas os boletins têm de chegar até dia 23.
O Tribunal Constitucional mandou repetir a eleição pelo círculo da Europa. Bloco diz que é “a única decisão aceitável” perante a “enormíssima trapalhada” criada por PS e PSD.
As eleições legislativas de 30 de janeiro deram a maioria absoluta a António Costa, que prometeu um governo “mais curto e mais enxuto”. Bloco é a quinta força política e elegeu cinco deputados. CDS e PEV ficam fora do Parlamento.
Na noite eleitoral, Catarina Martins garantiu que o partido encara “as dificuldades tal como elas são” e não faltará à luta. O resultado eleitoral é mau também devido ao crescimento da extrema-direita e “cada deputado racista eleito no parlamento português é um deputado racista a mais” que o Bloco promete combater.
Na primeira reação às projeções eleitorais, Pedro Filipe Soares considerou que “a chantagem” criada pelo PS “parece ter tido algum sucesso” mas garantiu que o Bloco “não esmorece” face aos desafios que agora serão maiores.
Mariana Mortágua reagiu às previsões sobre os números da abstenção, revelando preocupação com o facto de quase metade do eleitorado não ter ido votar. Estes números mostram ainda a “necessidade de revisão dos cadernos eleitorais”.
No encerramento da campanha, Catarina falou sobre os jovens “que lutam pela responsabilidade de ter futuro”, os trabalhadores e precários “que constroem este país e exigem a hipótese de ter salário decente” e os pensionistas “que merecem toda a solidariedade”. E deixou o apelo: "Vão votar. É o vosso voto que desempata Portugal”.
No ano em que o período da democracia ultrapassa o período da ditadura, a direita será derrotada e ergueremos no Porto o Museu da Resistência contra o fascismo! É desta memória que fazemos força!
Na tradicional arruada final de campanha na rua de Santa Catarina, no Porto, Catarina Martins alertou que o PS está a terminar esta campanha numa enorme ambiguidade ao admitir um acordo de cavalheiros com o PSD.
O Bloco defende 1% do Orçamento para a Cultura. Esta é uma de dezenas de propostas para esta área que podes encontrar no nosso programa eleitoral em https://programa2022.bloco.org/
No comício em Lisboa, Catarina Martins voltou a apelar a “uma maioria em que o Bloco de Esquerda seja determinante como terceira força política” e torne possível um "contrato à esquerda" para trazer "estabilidade e transformação" ao país.
Joana Mortágua, no comício em Almada, lembrou que o líder do PSD brindou com champanhe aquela demolição, porque ela beneficiava um fundo imobiliário, constituído a favor do grupo Espírito Santo. A deputada desafiou também todos os partidos a explicar como vão baixar o custo da habitação em Portugal.
Catarina Martins visitou a Associação Portuguesa de Surdos, lamentou que com a tecnologia atual as pessoas com deficiência tenham de enfrentar tantas dificuldades e deixou o compromisso de que o Bloco será “a força contra o esquecimento” quando estiver a negociar um contrato para o país.
Por que razão, nestas eleições legislativas, é importante o 3º lugar na ordem das votações? A resposta é simples: porque é isso que determinará que se consiga barrar eficazmente o caminho do partido da extrema-direita xenófoba, racista e anti-democrática que é o Chega.
Catarina Martins afirmou em Almada que a direita não tem maioria na sociedade e o seu programa é “velho e caduco”. A coordenadora bloquista lembrou que o PS já disse que, sem maioria absoluta, quererá dialogar. Para que o diálogo seja à esquerda e não com o PSD, há que votar no Bloco, destacou.