O FMI prevê que a economia mundial possa sofrer a maior quebra registada em quase 100 anos. Em Portugal, a recessão prevista só tem paralelo com a de 1928.
Os maiores produtores mundiais de petróleo vão reduzir a produção diária de petróleo, pondo fim à guerra de preços dos últimos meses. Redução global da procura provocada pelas medidas de combate à Covid-19 também contribuiu para o desenlace.
Marisa Matias considera o resultado do Eurogrupo “um fracasso”. Os eurodeputados do Bloco apresentaram uma proposta alternativa para a economia europeia. Leia aqui na íntegra.
Mário Centeno prevê perdas de 6,5% do PIB por cada 30 dias úteis de medidas de distanciamento social. E que a quebra trimestral seja "quatro ou cinco vezes maior" do que a maior quebra registada na última crise.
O FMI anunciou esta segunda-feira o perdão do serviço da dívida durante seis meses a 25 dos países mais pobres do mundo, de forma a permitir a libertação de recursos para o combate à pandemia. A maioria dos países são de África, mas a lista inclui também o Afeganistão, o Haiti, o Iémen e o Nepal.
Enquanto o interesse público é excluído da agropecuária e da fábrica de produtos alimentares, os patógenos superam a bio-segurança que a indústria está disposta a garantir ao público. O agronegócio está em conflito com a saúde pública. E a saúde pública está a perder. Por Rob Wallace, Alex Liebman, Luis Fernando Chaves e Rodrick Wallace
O grupo que reúne os líderes das principais economias mundiais está a trabalhar num plano para suspender o pagamento da dívida dos países mais pobres. Encontro desta semana pode ser decisivo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha afirmou que, durante a atual crise, precisamos de apoio urgente sem as condições restritas impostas anteriormente. Matias Matias destaca que as declarações de Heiko Maas retiram "qualquer sentido aos discursos de validação da austeridade" e que "resta saber o que diz Centeno desta afirmação".
Boaventura Sousa Santos escreve sobre alguns dos grupos para os quais este período tem sido mais difícil: mulheres, trabalhadores precários e informais, moradores nas periferias pobres e idosos.
A Oxfam lançou o alerta: se não forem tomadas medidas urgentes, a pobreza global poderá abranger 8% da população mundial. Isso seria um retrocesso de décadas para vários países, aponta o estudo apresentado em vésperas da reunião dos ministros das Finanças do G-20.
A resposta europeia à crise resume-se a três instrumentos de dívida. Tudo o que poderia constituir uma resposta a sério, ou ficou fora do documento, ou ficou adiado para o Conselho ou para as calendas, afirmam Marisa Matias e José Gusmão sobre as decisões do Eurogrupo.
Enquanto a gestão da crise após 2008 estava preocupada com a liquidez, a principal preocupação agora é a solvência. E essa generalização de resgates e “despejos de helicópteros” de dinheiro – por mais desiguais que sejam – gera uma crise muito diferente em termos políticos e morais. Por Bue Rübner Hansen.
Pacote de empréstimos pode chegar ao meio bilião de euros. Acesso ao Mecanismo Europeu de Estabilidade sem condições apenas para a despesa relacionada com Sáude e combate ao Covid-19. Marisa Matias critica a proposta "do consenso franco-alemão".
Num anúncio surpreendente, o governo britânico confirnou que o Banco de Inglaterra vai financiar diretamente a despesa pública durante a crise, evitando que o governo fique dependente dos mercados.
Os números do Ministério do Trabalho mostram que o desemprego já está a aumentar em Portugal. Juntamente com os possíveis impactos da interrupção da atividade económica no PIB, são fatores que acentuam a crise no país.
A Organização Internacional do Trabalho estima que a destruição de emprego face à crise do coronavírus possa atingir 195 milhões de postos de trabalho. O diretor geral da OIT, Guy Ryder, fala num "colapso inédito".
O governo argentino anunciou que entrará em incumprimento seletivo com os seus credores locais, tendo adiado para 2021 o pagamento da dívida em dólares. O governo procura agora conseguir um acordo para a reestruturação da dívida com os credores internacionais.
Alemanha e França registaram quebras significativas do PIB, sinalizando uma recessão de proporções históricas. As condições económicas agravam-se numa altura em que o Eurogrupo tarda em chegar a consenso sobre uma resposta comum.
O eurodeputado bloquista José Gusmão comenta o impasse no Eurogrupo e critica o governo português por alinhar com as posições da Alemanha em vez de se colocar ao lado da Itália neste debate sobre a solidariedade europeia.
Ao fim de 16 horas, os ministros das Finanças foram incapazes de chegar a acordo. A Holanda quer austeridade para quem recorra aos empréstimos e a Alemanha recusa "coronabonds", mas a Itália opõe-se às exigências. Marisa Matias diz que o país não pode repetir o colapso da troika.
Depois de semanas de indefinição, em que as profundas divergências entre os países foram expostas, o Eurogrupo prepara-se para chegar a um acordo limitado a empréstimos, vinculando os países a metas de redução do défice e da dívida manifestamente irrealistas na atual crise.
Ao contrário dos EUA, na Europa o Parlamento Europeu manifestou-se contra esta prática e o BCE recomendou a suspensão. O Bloco vai levar ao parlamento português a proposta de proibir a distribuição de dividendos em 2020.
O primeiro-ministro espanhol defende um novo mecanismo de mutualização da dívida para a Europa responder à maior crise desde a II Guerra Mundial. Os dois principais ministros do governo alemão já responderam, dizendo que bastam os empréstimos do Mecanismo de Estabilidade Europeia.
A pandemia de Covid-19 é a segunda grande crise da globalização numa década. A primeira foi a crise financeira global de 2008-2009, da qual a economia global levou anos para parecer recuperar. Por Walden Bello
A atividade económica estagnou parcialmente e este súbito travão está a regressar, como um bumerangue, para ter impacto nas finanças. Esta implosão das finanças irá, por sua vez, agravar a recessão. Por Michel Husson.