Nos EUA, “o país mais desenvolvido do mundo”, a primeira economia do mundo, o combate à pandemia é próprio de um Estado falhado, um conceito inventado pelo Norte global para designar (estigmatizar) alguns dos países do Sul global. Por Boaventura Sousa Santos
BCE estima que o desemprego atinja sobretudo países com maior proporção de trabalho a prazo e por conta própria. Em Portugal são quase 1,6 milhões de trabalhadores. Desvalorização salarial poderá estender-se a 2021.
A eurodeputada do Bloco reagiu ao anúncio do Fundo de Recuperação proposto por Bruxelas, considerando que “fica muito aquém dos montantes que necessitaríamos para responder à crise pandémica”.
A Comissão Europeia apresentou o plano "Próxima Geração UE" para financiar a recuperação económica após contida a pandemia. A proposta prevê transferir 500 mil milhões sob a forma de subvenções. António Costa elogiou, mas Sánchez e Conte não deram por fechadas as negociações.
É lógico que nos preocupemos com o impacto da covid-19 nos países mais desenvolvidos, mas não podemos esquecer que o efeito da pandemia nos mais pobres pode vir a ser devastador. Por Borja Santos Porras.
A dívida que começou por ser contraída para libertar a América Latina do colonialismo, explodiu nos anos 70 pelas mãos das ditaduras e continuou no regabofe neoliberal dos anos 80. A gestão da pandemia enfrenta cofre vazios e sistemas de saúde extremamente debilitados após décadas de cortes. Por Andrea A. Gálvez.
O resultado final da crise económica será determinado pelas relações entre forças sociais. O mais certo não será o abandono do neoliberalismo, nem tão pouco um estado monstruoso trumpiano, mas em vez disso a tentativa dos governantes neoliberais de transferir o peso da dívida para os trabalhadores. Por Gilbert Achcar.
Proposta do eixo franco-alemão prevê a emissão de dívida de 500 mil milhões de euros pela Comissão, para distribuir pelos países sob a forma de dotações orçamentais (e não empréstimos). Mas já conta com a oposição da Holanda, Dinamarca, Suécia e Áustria.
A pandemia, a violência eugénica contra os mais desfavorecidos, a necessidade de solidariedade global e o novo livro da autora, A Força da Não-Violência, são os temas desta conversa com Francis Wade.
Boaventura Sousa Santos aborda neste texto o período pós-pandemia, sublinhando que “para já, é claro que o que chamamos pós-pandemia é, de facto, o início de um longo período de pandemia intermitente”.
A Unicef alerta para a possibilidade de haver milhares de mortes de crianças diariamente nos países em desenvolvimento como causa indireta da covid-19. Entre as causas estão os sistemas de saúde debilitados de alguns desses países.
Numa altura em que os detalhes sobre o Fundo de Recuperação da União Europeia são ainda desconhecidos, Valdis Dombrovskis afirmou esta sexta-feira que os empréstimos estarão sujeitos à condicionalidade das regras europeias de disciplina orçamental.
A presidente da Comissão Europeia revelou alguns detalhes sobre a proposta de um plano de recuperação para a UE. "Se a resposta europeia vier com juros, não será recuperação", defende José Gusmão.
Ainda é possível que todos fiquemos bem. Mas isso dependerá de nós, da nossa capacidade de impedir que tudo volte a ser como era. Se a tarefa parece ser assustadora, devemo-nos lembrar que não somos totalmente impotentes. Por Cinzia Arruzza e Felice Mometti.
Com o confinamento e o encerramento de fábricas, a procura mundial de petróleo caiu a pique e a capacidade de armazenamento está a esgotar-se. Há produtores a pagar fortunas para armazenar o produto em alto mar. A queda do preço coloca em maus lençóis os países dependentes da exportação. Artigo de Atif Kubursi.
Entre as medidas do governo de Madhya Pradesh, o quinto estado mais populoso da Índia, está o aumento da jornada laboral para até 72 horas semanais. Artigo de Praveen S. para o Brasil de Fato
Num dos casos mais evidentes de portas giratórias entre reguladores e setores regulados, a Autoridade Bancária Europeia foi condenada pela Provedoria de Justiça da UE por não ter impedido a passagem do seu diretor executivo para um dos lóbis financeiros mais poderosos em Bruxelas.
A crise não derrotou magicamente o neoliberalismo nem abre uma avenida para um Green New Deal ou um novo Plano Marshall. É precisa uma “radiografia o mais precisa possível da situação que enfrentamos” e das relações de forças sociais existentes. Por Alejandro Pedregal e Jaime Vindel.
O que se aplica a Portugal aplica-se a todos. Os governos precisam ajudar a cuidar das vidas. Isso tem um preço (mas o custo de não o fazer era maior), é défice e dívida.
“Um ultimato à Europa”: foi assim que o jornal francês Le Monde caracterizou a recente decisão do Tribunal Constitucional alemão sobre a política monetária do BCE. No entanto, entre as críticas de várias figuras europeias, há quem recorde que o problema é mais profundo e se prende com a própria arquitetura institucional do euro.
O que falhou e acertou no combate do governo chinês ao novo coronavírus? Que sistema de saúde existe no país e que consequências terá a crise económica? E como tudo isto afetará os movimentos sociais do país? O ativista e editor da revista Made in China, Kevin Lin, dá as respostas nesta entrevista.
Neste artigo sobre a situação política em Espanha e na Europa, Manuel Monereo defende que “a tarefa do momento é pensar estrategicamente” e que o verdadeiro poder de Unidas Podemos é o de “impedir medidas antissociais” e tentar aprovar propostas que reforcem o Estado Social.
O boletim económico de maio, divulgado pelo Banco de Portugal, inclui um estudo que conlui que os rendimentos dos mais ricos terão uma quebra percentual maior que o dos mais pobres. Mas os escalões mais altos conseguem suportar despesas durante mais de um ano, ao passo que os mais pobres apenas o conseguem durante cerca de um mês.
As previsões económicas de Primavera confirmam o que já fora anunciado por outras instituições: a economia europeia caminha para uma recessão profunda cujas proporções podem ser históricas.
O banco central alemão pode ficar impedido de participar no recém-aprovado programa de compra de dívida pública. "A Alemanha faz regras. Cumpri-las é para os países do sul", aponta o eurodeputado José Gusmão.