A média da descida do PIB na União Europeia foi de 14,4%. Espanha foi o país que sofreu consequências negativas mais fortes da crise provocada pela pandemia. Portugal ocupa o quarto lugar nesta lista com 16,5%.
O mês passado foi aquele em que se registou um maior número de protestos este ano na China. Os salários em atraso, alguns há muito tempo outros causados pela pandemia, são o principal problema. Artigo publicado no China Labour Bulletin.
Segundo o Bundesbank, a economia da Alemanha tem, no segundo trimestre de 2020, a pior contração desde 1970, quando começaram a ser recolhidos os dados estatísticos trimestrais. Até agora, a maior queda tinha ocorrido no segundo trimestre de 2009, 7,9%.
Os números fazem parte de um alerta da Unicef que estima que, em 2019, cerca de 47 milhões de crianças sofreram com a falta de nutrição e que, sem ações urgentes, esse número poderá chegar aos 54 milhões em 2020.
“Não se sai de uma crise estrutural sem uma grande reestruturação institucional. O preço a pagar para superar simultaneamente a esclerose e a ameaça depressiva é tocar na centralidade dos mercados financeiros”, destaca Cédric Durandneste artigo sobre a atual crise global.
As negociações no Conselho Europeu, que começaram na sexta-feira e se previa que terminassem no sábado, prolongaram-se para domingo e continuam esta segunda feira. Impasse já levou a propostas de vários cortes. Holanda quer impor desregulação laboral aos países do Sul e ter poder de veto na atribuição dos fundos.
Num fim-de-semana onde a resposta do Conselho Europeu à crise económica parece bloqueada pelos "frugais", republicamos uma entrevista do eurodeputado José Gusmão, publicada pelo esquerda.net em abril, sobre as consequências da fuga fiscal permitida pela Holanda.
Os mercados bolsistas vivem uma dissociação sem precedentes da realidade da atividade económica marcada pela queda do PIB e pelo rápido aumento do desemprego. Os índices bolsistas dos EUA sobem e a confiança dos consumidores cai, dois indicadores que historicamente se moviam em conjunto. Por François Chesnais.
A reunião do Conselho Europeu, onde se juntam os chefes de governo dos 27 países da União Europeia, tem sessões marcadas para sexta e sábado. Posição de António Costa é "boa para o Governo, mas má para o país", alerta José Gusmão.
A retoma argentina pode passar por dois modelos opostos. Um é marcado pela desigualdade, precarização do trabalho, primarização e atividades extrativas. Outro implica a revitalização dos rendimentos populares, a recuperação do emprego e a reindustrialização. Por Claudio Katz.
"A Humanidade é mais importante do que o nosso dinheiro", diz o apelo de 83 milionários que exigem pagar mais impostos porque "os problemas causados pela covid-19 não podem ser resolvidos com caridade, por muito generosa que seja".
O ministro das Finanças da Irlanda, Paschal Donohoe, é o novo presidente do Eurogrupo, que reúne os 19 ministros com essa pasta nos países da Zona Euro. Ex-quadro da Procter and Gamble, Donohoe opõe-se a uma abordagem europeia para a tributação das multinacionais.
ONG denuncia que o valor pago em dividendos aos acionistas de oito das maiores empresas do setor alimentar e de bebidas é dez vezes superior ao que as Nações Unidas calcularam ser necessário para impedir a fome em todo o planeta.
Vários fatores determinam a taxa de mortalidade de um país por covid-19. No entanto, uma caraterística estrutural profunda parece estar a dar forma ao papel destes fatores: a distribuição de rendimento e riqueza dos países. Artigo de Jeffrey Sachs.
Na despedida do mandato como presidente do Eurogrupo, Mário Centeno avisa que é "irrealista" cumprir essas regras no atual contexto. Declarações que contrastam com a defesa intransigente do seu cumprimento durante o governo do PS.
Quebra do PIB pode chegar aos 8,7% na zona euro e 9,8% em Portugal. “Se não houver uma forte intervenção política, não conseguiremos aproximar os países", avisa o comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni.
A exploração de mão de obra barata do Leste é um elemento estrutural no funcionamento do capitalismo europeu. É o que mantém a União unida e é a chave para a sua competitividade global em vários setores, tais como os cuidados, a indústria e o turismo. Por Florin Paoenaru e Costi Rogozanu.
Há pouco mais de duas semanas, a Wirecard era considerada uma das empresas financeiras mais bem-sucedidas na Alemanha. Agora, está envolvida num escândalo de enormes proporções, que implicaram a falência da empresa, a detenção do CEO e o repúdio do país. O que explica a ascensão e queda deste gigante do sistema financeiro?
As políticas de um regresso à normalidade arriscam-se a destruir-se a si próprias e a levar a uma trajetória em ziguezague das economias. De facto, não há simetria garantida entre os dois ramos da retoma em forma de V. Artigo de Michel Husson.
A covid-19 revelou a que ponto as infraestruturas sanitárias estavam deterioradas na maioria dos países árabes e também o alcance da devastação causada por décadas de corrupção. Mas nestas sociedades perto do esgotamento surgiram iniciativas criativas de solidariedade popular na luta contra a epidemia. Por Mohamed Rami Abdelmoula.
Os “colaboradores” estão a ser despedidos aos milhares, os “parceiros” estão a ser obrigados a “optar” entre reduzir salários ou conhecer o desemprego e pequenos empreendedores não encontram consumidores. A crise desfez a arrogância do novo palavreado do capitalismo. Por Ricardo Antunes.
A 17 e 18 de julho, os líderes dos 27 Estados-Membros da União Europeia voltarão a estar juntos na mesma sala e um acordo entre os países parece mais próximo. Mas isso não significa necessariamente boas notícias para Portugal.
É a análise da realidade objetiva da crise sistémica em curso– provavelmente a maior em um século, que parece enterrar a globalização como a conhecemos –, que permitirá localizar brechas e contradições sobre as quais a ação política pode operar. Artigo deJosé Correa Leite.
No Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, o relatório da OIT e UNICEF diz que as causas do aumento do trabalho infantil são o desemprego e a crise provocada pela covid-19, que obrigou ao fecho das escolas.
O crescimento económico da África Subsariana nas duas últimas décadas não foi inclusivo e 437 milhões de pessoas vivem na pobreza extrema. A previsão para 2030 é que nove de dez pessoas em extrema pobreza no mundo viverão na região, diz o economista Raphael Bicudo entrevistado por Patricia Fachin para a Unisinos.