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A visita do Presidente da República à Madeira, que hoje se inicia, fica, desde já, marcada por uma desconsideração inaceitável ao Primeiro Órgão de Governo Próprio desta Região: a Assembleia Legislativa. A não realização de uma Sessão Solene no Parlamento madeirense não pode passar sem reparos. O Presidente do Governo Regional parece ser o principal responsável pela não realização dessa Sessão pois entende que aquilo (os Deputados da Oposição) “são um bando de loucos”. 

Trata-se de um dever de memória. E de uma dívida histórica aos que pagaram o preço da resistência à ditadura e à servidão. O Barreiro nunca esqueceu o papel de centenas de homens e mulheres que, ao longo do século XX, foram os protagonistas anónimos das lutas populares na Margem Sul. E foi de barreirenses de esquerda que se encheu o auditório da sociedade "Os Franceses". Mais de 300 pessoas assistiram ao espectáculo "O Outro Lado da CUF – 100 anos de Lutas", realizado pelo Bloco de Esquerda.

O debate parlamentar desta sexta-feira com o primeiro-ministro devia ser sobre energia, mas o debate só "aqueceu" quando Francisco Louçã criticou os "políticos anfíbios" que usam a vida pública como trampolim para "carreiras privadas".
 

José Soeiro apresentou nesta quinta feira, na Assembleia da República, uma interpelação ao governo sobre a precariedade laboral, lembrando que a precariedade laboral e social é uma questão de civilização e que o número de trabalhadores contratados a prazo duplicou na última década, representando já cerca de 21% da população empregada. 

Em mais uma sessão do julgamento de Fátima Felgueiras, acusada de 23 crimes e de ter lesado o município em quase 800 mil euros, várias figuras do Partido Socialista testemunharam em defesa da actual presidente da Câmara de Felgueiras. Armando Vara, actual administrador do BCP, elogiou a honestidade da autarca e relembrou o apoio que lhe deu em 2001: "Ainda hoje acho que fiz aquilo que pareceu certo". Mesquita Machado, Mário Almeida e Narciso Miranda também se solidarizaram com a autarca acusada.

O Tribunal Constitucional declarou inconstitucional a norma que impediu os docentes com redução parcial ou total de aulas, por motivos de doença, de concorrer a professor titular. "O Ministério da Educação levou por diante um concurso com uma norma que o fere de inconstitucionalidade, e neste caso já não é passível de recurso. A teimosia do Ministério terá excluído cerca de 3.200 professores simplesmente porque estavam doentes", afirmou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.

A moção de censura à política do executivo camarário do Porto, presidido por Rui Rio, apresentada na Assembleia Municipal pelo Bloco de Esquerda, foi ontem à noite rejeitada por apenas um voto: 27 deputados municipais do PSD e do CDS votaram contra, e 26 eleitos do PS, CDU e Bloco de Esquerda votaram a favor. O socialista Jerónimo Ponciano, presidente da Junta de Freguesia de S. Nicolau, não estava presente no momento da votação.

"Não podemos confiar em políticos com apetite", afirmou Francisco Louçã, reagindo à nomeação do ex-ministro do PS Jorge Coelho para presidir à construtora Mota Engil. O Bloco diz que a nomeação é "indecente" e volta a reclamar um período de dez anos de incompatibilidade entre funções públicas e privadas, que impeça casos como os de Pina Moura, Jorge Coelho, e tantos outros. A interpelação ao governo sobre precariedade, na próxima quinta-feira, também foi discutida na reunião da Mesa Nacional do Bloco.

Reagindo ao estudo da OCDE sobre a evolução do Ensino Superior, e que conclui que o investimento português no sector caiu a pique entre 1995 e 2004, o ministro Mariano Gago disse que “quase não há desemprego entre licenciados”, ignorando os números oficiais que dizem que o desemprego entre os licenciados duplicou nos últimos cinco anos, e que hoje são já 60 mil licenciados no desemprego.