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Eis uma forma simples de desmontar o mecanismo ideológico que subverte três valores fundamentais.

Não é um acaso, nem uma lei da natureza, é uma decisão social.

Este é o título de uma notícia publicada esta quinta-feira na comunicação social alemã. O artigo relata a crise económica e social vivida no nosso país, descrevendo a situação de Portugal como “sombria” e alertando para a sua agudização em 2012.

Ministro da Economia diz que a falência da Grécia é uma hipótese pensável; mas o das Finanças afirma que, até agora, a Alemanha não pagou nada a Atenas, e que é Berlim quem tira o maior proveito da moeda comum.

O Financial Times alemão vem no dia 8 referir-se ao problema da negociação do “pedido de ajuda” de Portugal e conclui que, indiferentemente de quem vier a ganhar as eleições, a política de austeridade deve ficar desde já assegurada.

Até agora os países europeus estiveram envolvidos em proveitosos negócios de armamento com o governo líbio. Chefes de governo como Sarkozy e Tony Blair empenharam-se para que a Líbia fizesse negócios com os fabricantes de armas dos seus países.

Se não se verificar nenhum impulso proveniente dos países da zona Euro para onde a Alemanha exporta, a situação tornar-se-á difícil, diz um responsável federal, que prevê aumento da precariedade e queda de salários.

O governo desceu aos infernos e saiu incólume, passou a prova do fogo. A Europa pasmou, curvou a cabeça, rendeu homenagem.

Se o Ministério da Defesa concretizar a reestruturação planeada, tal significará uma significativa redução das compras do Ministério à indústria de armamento alemã. Se o Ministério reduzir as compras, a solução será exportar mais material de guerra.