Não tenhamos dúvidas: para estes governantes, o país tem um excedente na rubrica "cidadãos". Quando assim é, resta-nos a obrigação moral de escolher entre o país ou o governo.
As palavras de Passos Coelho foram claras quanto à vontade de perverter o carácter público da educação. O plano do governo passa por estender os espaços de negócio no ensino e atacar a sua universalidade.
Um espectro paira na boca dos nossos governantes: o espectro da novilíngua. A novilíngua é a ideologia feita senso comum. É a língua que o poder dominante usa para legitimar a sua política.
Uma passagem por Peniche fez-me regressar à Fortaleza e ao núcleo museológico aí instalado, dedicado à resistência ao Estado Novo. Como seria importante termos ali um grande museu da repressão e da resistência.