A leitura enviesada que o Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário fez do relatório do PISA e a notória incapacidade de dele tirar as devidas ilações demonstram que estamos perante um caso de iliteracia na área da Educação!
Nos últimos anos cresceu, exponencialmente, o número de vítimas de uma política europeia que promove a desigualdade dos seus cidadãos e fecha as fronteiras a quem, ainda, acredita no sonho europeu.
A instituição do cheque-ensino constitui mais um elemento da elaborada teia em que se pretende enredar a Escola Pública, ferindo-a de morte no seu fundamento – a prossecução de um ensino universal e de qualidade.
Nuno Crato não está preocupado com o futuro! Tal como Tamagnini, ministro de Salazar, vive obcecado com os cortes. Para quê investir nos recursos humanos da Educação, se o que importa é mostrar à troika que somos bons coveiros das nossas vidas!
O objetivo de Nuno Crato é cada vez mais óbvio: proceder a cortes nos recursos humanos e empobrecer a Escola Pública,para promover um ensino dual, onde a maioria das crianças e jovens se veem arredados de uma oferta educativa de qualidade.
Os argumentos do ministro da educação em defesa dos mega agrupamentos não passam de mega cratinices! Diversas instâncias internacionais na área da Educação, de há muito, o desaconselham.
Cortar, cortar, de forma cega nos direitos dos de baixo, aprofundar as desigualdades sociais e favorecer os interesses dos poderosos, é a consigna na educação como nos restantes ministérios do governo PSD/CDS.