"Despesas do Estado hoje são impostos de amanhã", sentenciou o primeiro-ministro há uns dias. A frase, como bem explicou o economista João Ferreira do Amaral, é "infeliz".
É na quinta-feira que se reúne o Conselho Europeu, onde os governos da União Europeia deverão encontrar uma resposta concertada e eficaz aos impactos económicos e sociais da crise Covid. Infelizmente, os prenúncios não são os melhores.
O Conselho Europeu reúne os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, mas deixou para o Eurogrupo, organismo informal dos ministros das Finanças da Zona Euro, a elaboração de um acordo sobre a resposta europeia à crise Covid.
A pandemia Covid-19 mudou a vida de todos: dos que passaram a trabalhar em casa, dos que todas as manhãs para assegurar a prestação de serviços essenciais, e também dos que viram o seu contrato de trabalho suspenso e perderam um terço do salário.
A crise económica provocada pela Covid-19 será longa e profunda. Para a enfrentar, o Estado terá de entrar em campo como poucas vezes vimos, para apoiar o emprego, as empresas e a produção.