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Ângelo Correia, que já foi patrão de Passos Coelho na Fomentinvest e que foi um dos principais apoiantes da candidatura do atual primeiro ministro, afirmou não perceber “qual é a política do governo” e defendeu que o executivo “deve mudar de políticas”.

No meio da maior crise social e política desde a posse do governo da troika, Paulo Portas foi a Berlim garantir aos alemães que a receita da austeridade é para aplicar. E o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros elogiou Portas por sair do país quando os protestos sobem de tom.

O Governo nem perdeu tempo para ouvir as propostas salariais dos sindicatos da função pública. A Frente Comum apela à mobilização popular e, alerta, diz que é preciso pensar “noutras formas de luta que podem chegar à greve geral”.

A coligação do Governo está em crise: Paulo Portas, líder do CDS, diz que só não bloqueou alterações na TSU para evitar uma rutura e, em resposta, o PSD convoca cúpulas do partido. Contudo, o CDS sempre defendeu a descida da TSU (ver programa eleitoral, p.27), tal como denunciou esta segunda-feira o deputado do Bloco Pedro Flipe Soares.

Zuraida Soares, cabeça de lista pelo círculo eleitoral de São Miguel e pelo Círculo Regional de Compensação, afirmou que o Bloco de Esquerda concorre às próximas eleições legislativas regionais com o objetivo de combater “as políticas que impuseram aos Açores, 20 mil desempregados, 20 mil beneficiários do Rendimento Social de Inserção, 1/3 da população a viver abaixo do limiar da pobreza”.

Maior manifestação desde o 1º de maio 74  exigiu a demissão de Passos Coelho, a saída da troika de Portugal e o fim da austeridade, que "deu maus resultados em todo o lado no mundo”. Organizadores propõem uma greve geral popular que pare efetivamente o país e convocam uma nova manifestação para a frente do palácio de Belém na 6ª feira às 17h, dia do Conselho de Estado. 

A deputada do Bloco, Mariana Aiveca, considera que o governo “não tem mais condições” para governar, porque “não cumpriu” as promessas eleitorais e está a conduzir o país para a “desgraça”. “Não há nenhuma credibilidade neste governo”, sublinha.

O líder parlamentar do Bloco acusa o governo de não reconhecer os seus erros e de ser “incapaz de tomar qualquer diálogo com o país”. Para Luís Fazenda, as declarações de Pedro Passos Coelho são um “incentivo extraordinário às mobilizações sociais”.

A deputada Catarina Martins juntou-se à meia centena de trabalhadoras e trabalhadores da empresa Finex Tech que protestaram frente à embaixada da Finlândia em Lisboa.