Um poder político que se tem mostrado, há tanto tempo, um zeloso cuidador dos interesses da finança não tem reserva de autoridade para não ceder de novo ao mando da banca.
Um país, dois sistemas - eis o horizonte enunciado para o país por este “governo de guerra”. Um sistema para ricos, outro para pobres. Um com almofadas, outro sem.
Toda a indignação é legítima. Não pela frivolidade e pela leviandade interessada irresponsável das agências de rating, mas contra as opções de política de empobrecimento que lhes serve de pasto.
Passos Coelho pôs o país a falar do novo imposto sobre o subsídio de Natal e, com isso, conseguiu um quase silêncio sobre um programa de governo que é, no seu todo, de uma violência inaudita.