Quando a crise financeira estalou, os mesmos governantes e empresários que defendem o livre mercado e a concorrência apareceram a defender o intervencionismo para salvar os especuladores. Este exemplo das contradições inerentes ao sistema capitalista mostra-nos como, longe do ideal do livre mercado, vivemos sob um conluio entre o poder político e o poder económico. O rentismo, processo pelo qual as empresas usam os seus recursos para influenciar decisões políticas que as afectam e assim obter rendas, é o fantasma que assombra a regulação, levando a um desperdício de recursos e a um desempoderamento dos cidadãos.