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O governo e a plataforma de sindicatos
de professores assinam hoje o acordo alcançado sábado
sobre a avaliação de desempenho que será
realizada até ao fim do terceiro período lectivo, que
será simplificada e constará de apenas quatro
critérios. A plataforma afirma que mais de 86% dos cerca de 50
mil professores consultados na terça-feira manifestaram apoio
ao entendimento com o Ministério da Educação.
Mas a contagem é contestada por movimentos de professores.

Pelo menos 22 pessoas morreram na Faixa de Gaza, na sequência de combates entre soldados israelitas e militantes do Hamas, seguidos de raids aéreos israelitas que mataram 15 civis palestinianos. De acordo com informações do principal hospital de Gaza, entre os mortos estavam cinco crianças entre 5 e 10 anos de idade. Também morreu um operador de câmara da agência de notícias Reuters.

O acordo celebrado entre a Plataforma Sindical e o governo dividiu o movimento de professores. Houve quem com ele embandeirasse em arco, houve quem achasse que foi uma derrota trágica. Ainda bem que todas as visões foram e estão a ser discutidas nas escolas. Depois da grande manifestação e ainda mais depois do acordo, é fundamental definir uma estratégia para a luta ao longo destes meses do fim do ano lectivo e sobretudo ao longo do próximo ano. É sobre isso que quero apresentar aqui alguns argumentos.

A proposta de lei do PS de alteração à lei do divórcio foi aprovada esta quarta-feira com os votos a favor do PS, PCP, BE. Sete deputados do PSD votaram a favor e 11 abstiveram-se. Com a nova lei, desaparece o conceito de culpa nas situações em que não existe acordo mútuo, mas permanece a necessidade de serem invocadas "causas objectivas" para a consumação do divórcio. Helena Pinto, deputada do Bloco, considerou a lei um avanço, mas lembrou que falta dar um passo mais. Veja os vídeos das intervenções de Helena Pinto aqui e aqui.

Avelino Ferreira Torres, ex-presidente da Câmara Municipal de Marco de Canavezes eleito pelo CDS/PP, começou a ser julgado na quarta-feira pelos crimes de corrupção, extorsão, abuso de poder e peculato de uso. A principal testemunha de acusação encontra-se ainda no Brasil, onde afirma ter sido espancado a mando de Ferreira Torres, e exige protecção policial para regressar a Portugal e depor em Tribunal.  

Foi a sexta manifestação em três semanas. Cerca de 40 mil estudantes do secundário, a que se juntaram pais e professores, protestaram contra a reforma do sector público imposta por Sarkozy, que vai provocar a supressão de 11200 postos de trabalho, dos quais 8 300 são professores. Estão já marcadas novas jornadas de protesto para o mês de Maio, e ao conflito na Educação pode-se seguir outro na Saúde.
 

Apesar de um número muito significativo de escolas - algumas publicadas nesta lista - ter chumbado o entendimento entre os sindicatos e o governo, a maior parte dos professores votou a favor da sua ratificação. Em conferência de imprensa, a Plataforma Sindical afirma que quase 90%, num universo de 1000 escolas e 50 mil professores, aprovaram o entendimento com o Ministério. Mas avisa que se mantêm os protestos regionais agendados para as próximas segundas-feiras à noite.

Num artigo publicado no DN desta Terça-feira, Mário Soares escreve sobre a política e os negócios e afirma: "Agora que o modelo neoliberal está gasto - e conduziu a América e o mundo ao desastre que está à vista - é tempo de voltarmos ao idealismo, na política, aos valores éticos e aos grandes ideais. Por forma clara, adoptando as disposições legais necessárias. Mas também para vencer a crise com que nos confrontamos".

Milhares de professores manifestaram-se na segunda-feira em Braga, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança, na primeira das Segundas feiras de protesto. Nestas manifestações os professores reafirmaram que a luta vai continuar.