Se na primeira convenção do MEL existiu a tentativa de separar a direita da extrema-direita, a edição deste ano mostra como o caldo cultural onde bebem é o mesmo: renderam-se ao extremismo.
É mais simples atribuir as culpas a um rocket qualquer do que reconhecer a conivência com o genocídio em curso. Israel quer tornar impossível a existência da Palestina e o mundo lava as mãos como Pilatos.
É do coração do capitalismo que surge a notícia que tira o tapete ao dogmatismo ideológico. Que desta vez fale mais alto a defesa da vida do que a defesa do lucro.
Enquanto alguns procuram o ódio e a divisão, eu prefiro dedicar este texto ao que nos une, a uma das maiores realizações que alcançamos enquanto país: o Serviço Nacional de Saúde.
45 anos depois da bomba espalhar a morte no Marão, a extrema-direita é a erva daninha que ameaça infestar o país com as suas ideias reacionárias, o revivalismo colonial, o saudosismo do Estado Novo, a violência racista e xenófoba.
Longe vão os dias em que deputadas e deputados do PS se dirigiam ao Tribunal Constitucional para contestar cortes nos salários e nas pensões, agora levantam a Constituição para reduzir apoios sociais. Não esperava tal traição à “geringonça”.