Alguma diferença se pressente, desde que terminou o ciclo eleitoral, no jeito de estar de José Sócrates: menos arrogância e menos prepotência, mais candura e afabilidade. Anda quase que meigo. Nunca falou tanto em diálogo e em consenso. Nem parece o mesmo José Sócrates que durante os últimos quatro anos governou impondo reformas, irresponsáveis e insensíveis, como, por exemplo, as do sector da educação e da saúde, impostas contra tudo e contra todos. A questão é que estas metamorfoses, de estilo, mais não são do que transformações acessórias porque, no essencial, no conteúdo, parece que vem ai mais do mesmo.