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O negócio vai bem (a Saúde nem por isso)
A faturação e os lucros dos grupos privados da saúde não pára de aumentar. Em 2019, os três maiores grupos obtiveram lucros perto dos 60 milhões de euros, valor já ultrapassado em 2021. O gigante norte-americano United Health, dono do grupo Lusíadas, apresentou lucros de 17 mil milhões de euros em 2021. Estes lucros crescentes não impedem que estas empresas sejam conhecidas por más práticas laborais:
- Recusa em pagar as horas de qualidade, oferecendo um subsídio de turno que fica muito aquém daquilo que os enfermeiros receberiam caso recebessem o valor justo das horas de qualidade;
- Recusa em passar os horários para 35 horas por semana;
- Retirada de dias de férias e descontos de tempo do banco de horas;
- Recusa de conciliação da vida profissional com a vida pessoal e incumprimento da lei da parentalidade;
- Violação dos rácios recomendados pela Ordem dos Enfermeiros, o que leva à grande ultrapassagem das 40 horas semanais;
- Incumprimento do estatuto de trabalhador-estudante, obstaculizando o desenvolvimento profissional dos enfermeiros.
- A coação que exercem sobre os enfermeiros é inaceitável. Dificultam e tentam bloquear a atividade sindical e da Ordem dos Enfermeiros.
Não podemos manter um sistema em que o nosso trabalho alimenta um lucro cada vez maior, enquanto os nossos direitos e salários estão estagnados. Os grupos ajustaram os seus preços à inflação, mas não ajustaram os salários. Novamente, serão os enfermeiros e os restantes trabalhadores a pagar a crise, com um corte salarial real de 5%.
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Esquerda Saúde 2
Revista Esquerda Saúde nº2
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