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Inovação em Saúde: Importância da investigação clínica e de translação

A investigação clínica e de translação visa melhorar os cuidados de saúde e os prognósticos dos pacientes. É essencial para a melhoria do bem-estar das populações e deve estar ao alcance de todos. Por Maria João Carvalho, Investigadora do Instituto de Biomedicina, Departamento de Ciências Médicas da Universidade de Aveiro.

 

Esta área de investigação que junta vários profissionais como médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, e demais investigadores de variadíssimas áreas (por exemplo, Biologia, Química, Física, Economia, Engenharia e Robótica, Matemática e Estatística, Informática e Ciência de Dados, Sociologia, Direito...) orienta as suas linhas e prioridades de investigação de acordo com as necessidades diariamente identificadas no contacto com os doentes. Os investigadores trabalham em conjunto e com os doentes, de modo a obterem novo conhecimento sobre doenças, tratamentos, processos, métodos e a desenvolverem-nos e adequarem-nos para a melhoria das intervenções em saúde nas suas várias perspetivas: prevenção, diagnóstico, prognóstico ou tratamento. Usa-se o “mundo real” para desenvolver o conhecimento científico e aplicam-se os conhecimentos científicos no “mundo real”. Ao mesmo tempo, a excelência científica e o potencial de inovação, bem como o desenvolvimento económico e social são exponenciados.

Medicina personalizada: mais eficiência, menores custos

A medicina personalizada é uma prática médica que se baseia na caracterização de genótipos e fenótipos para adequar estratégias de diagnóstico e terapêuticas a cada pessoa no tempo certo, para determinar a predisposição de cada indivíduo para uma doença, e/ou para a prevenção precisa e atempada de doenças. Utilizam-se perfis genéticos, que podem incluir um ou mais genes, imagiologia médica, informação clínica, dados sociodemográficos, ambientais e de estilos de vida numa investigação orientada para os pacientes que estuda os mecanismos envolvidos nas doenças, intervenções terapêuticas, ensaios clínicos, e desenvolve novas tecnologias. Em suma, a medicina personalizada permite desenvolver estratégias de prevenção e tratamento para indivíduos ou grupos de pacientes e, usando diversos e eficientes meios de diagnóstico e prognóstico, torna possível reduzir custos e efeitos secundários associados ao tratamento. Deste modo, a medicina personalizada responde aos desafios da baixa eficiência terapêutica para tratar números alargados de pacientes, e do aumento contínuo de custos devido à maior prevalência de doenças crónicas e de uma população envelhecida.

A medicina personalizada tem vindo a ser fortemente implementada nas áreas da oncologia e das doenças raras. A sua importância está bem patente, também, em estudos clínicos como por exemplo os desenvolvidos para entender a Doença de Crohn. Com base em estudos clínicos, acredita-se que esta doença resulta da interação entre fatores genéticos de cada indivíduo, microbiota intestinal (o conjunto de microrganismos que vive no intestino) e ambiente (fatores socioeconómicos e estilos de vida). Identificaram-se marcadores genéticos humanos, marcadores de microbiota intestinal, dados sociodemográficos e de estilo de vida que diferenciam os indivíduos de acordo com o seu risco para virem a ser doentes de Crohn, ou que permitem agrupar os doentes de acordo com o melhor tratamento que lhes poderá ser administrado. Entendendo como os diferentes fatores genéticos, sócio-económicos e de microbiota intestinal interagem para causar a Doença de Crohn e sendo possível a estratificação de doentes, saberemos melhor como diagnosticar os doentes e saberemos melhor como tratá-los.

Sequenciação de DNA e RNA em tempo real

Outro bom exemplo da simbiose entre a investigação e a clínica foi o uso de uma tecnologia de sequenciação de DNA e RNA em tempo real relativamente recente desenvolvida pela Oxford Nanopore Technologies, ONT (uma spin-off da Universidade de Oxford) e em constante desenvolvimento. Não é minha intenção fazer publicidade, mas usei-a para sequenciação de genomas de bactérias e fungos e é, de facto, uma tecnologia fantástica! Num estudo recente de um grupo do Hospital Universitário de Oslo, Noruega, os investigadores e profissionais de saúde utilizaram a tecnologia ONT e desenvolveram uma pipeline de análise dos dados baseada em machine learning para a classificação precisa e rápida de tumores cerebrais (menos de duas horas) em crianças e adultos durante neurocirurgias. Este método abre caminho para uma intervenção personalizada mais precisa e segura tanto de diagnóstico, como de avaliação de risco, tratamento e prognóstico.[1]

Durante a pandemia da COVID-19, foi também a interação entre a investigação e a clínica que permitiu que em tão pouco tempo se trabalhasse para o rápido diagnóstico, prevenção da propagação do vírus e da doença e seu tratamento. Por esse mundo fora, centros de investigação, universidades e farmacêuticas trabalharam em conjunto com os profissionais de saúde para entender como o vírus se propagava e por quanto tempo se mantinha em superfícies, desenvolver testes rápidos de diagnóstico, aplicar metodologias e tecnologias para melhor tratamento, fazer estudos epidemiológicos e de comportamento para informar políticas de saúde, etc. Em Portugal, organizaram-se grupos de trabalho nas universidades e centros de investigação para ajudar o Sistema Nacional de Saúde na detecção da presença de SARS-CoV-2 em amostras de pessoas suspeitas de terem contraído o vírus. Eu, muito orgulhosamente, fiz parte desse grupo de trabalho do Instituto de Biomedicina, Departamento de Ciências Médicas da Universidade de Aveiro. Pusemos a nossa experiência e capacidade ao serviço da clínica de uma forma muito objetiva, prática e, essencialmente, necessária.

Os estudos epidemiológicos e comportamentais são também importantes na investigação clínica e translacional. Por um lado, a análise epidemiológica de dados relacionados com saúde é fundamental para o apoio à decisão a todos os níveis dos serviços de saúde e a Saúde Digital e as Tecnologias Médicas estão, e bem, na ordem do dia. Por outro lado, potencia a utilização daqueles dados, colhidos durante a rotina hospitalar, para obter novo conhecimento sobre doenças, tratamentos, comportamentos, etc.

A avaliação em tecnologias e intervenções em saúde e o estudo dos resultados obtidos em saúde é outro ramo importante da investigação clínica e translacional, que têm como objectivo servir de suporte à decisão a diferentes níveis como o de alocação de recursos humanos, técnicos e materiais disponíveis para responder aos desafios no âmbito da saúde. Esta avaliação contínua e sistemática proporciona a otimização contínua destes processos.

A experiência do Reino Unido

A integração da investigação clínica e translacional nos cuidados de saúde no Reino Unido é muito bem-sucedida. No seu relatório de 2020, Transforming health through innovation: Integrating the NHS and academia (https://acmedsci.ac.uk/file-download/23932583), a Academia de Ciências Médicas do Reino Unido explorou como a interface entre a academia/investigação e o NHS (serviço nacional de saúde britânico) potencia a saúde e a riqueza do país. Num país onde a investigação clínica é apoiada por centros de investigação e universidades de excelência, investigação biomédica e translacional capaz, indústria farmacêutica e tecnológica pujante, e financiamento diversificado, a sua vantagem competitiva é óbvia. Por isto, a investigação clínica contribuiu para avanços enormes nos cuidados de saúde no Reino Unido.

Os pacientes de centros clínicos envolvidos em projectos de investigação têm melhores resultados e melhores cuidados, e estes benefícios estendem-se aos doentes que não participam diretamente nestes projectos porque vão usufruir dos seus resultados. Consequentemente, os doentes demonstram vontade em ser envolvidos em estudos clínicos e o público em geral defende que o NHS deve ter um papel importante no apoio à investigação para novos tratamentos. No entanto, verifica-se que existe um declínio na capacidade dos trabalhadores do NHS em fazer ou envolverem-se em investigação e, por isso, a Academia de Ciências Médicas do Reino Unido fixou seis ações essenciais para reforçar a interface entre o NHS e o sector académico e de investigação clínica. Estas, no geral, passam por (1) valorizar a investigação clínica e translacional, (2) garantir que os profissionais de saúde têm tempo dedicado à investigação, (3) integrar profissionais de saúde nas equipas de investigação das instituições, (4) garantir a criação de competências em investigação durante a formação académica dos profissionais de saúde, (5) flexibilizar o acesso a pós-graduações, que são os cursos que permitem o desenvolvimento de competências em investigação e criar verdadeiras carreiras clínicas de investigação, e (6) flexibilizar a investigação pela criação de gabinetes de investigação e desenvolvimento conjuntos entre NHS e as instituições de ensino superior.

Em Portugal, a Agenda de Investigação e Inovação sobre Saúde, Investigação Clínica e de Translação pretende identificar áreas prioritárias na investigação e inovação em saúde, em Portugal, até 2030. Define apostas estratégicas para resposta ao desígnio enunciado na Resolução do Conselho de Ministros nº. 32/2016, em particular no anexo «Compromisso com o Conhecimento e a Ciência: o Compromisso com o Futuro»[2]. Esta Agenda envolve um conjunto de atores nacionais de diferentes áreas, academia, centros de investigação, empresas e entidades públicas, com a coordenação global da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Os peritos identificaram cinco subtemas dentro das três áreas articuladas da Saúde, Investigação Clínica e de Translação que deverão servir como orientação na definição e determinação de futuros programas e instrumentos científicos, incluindo de financiamento, de modo a irem ao encontro da resolução de problemas da sociedade e economia portuguesas, dando relevância a interligações e articulações entre as diferentes entidades. Estes subtemas são (1) Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável, (2) Medicina Personalizada e Biomarcadores, (3) Farmacologia, Medicamento e Terapias Avançadas, (4) Saúde Digital e Tecnologias Médicas, (5) Avaliação das Tecnologias e Intervenções em Saúde e Rápido Acesso à Inovação. Foram também identificados seis pilares nos quais assentam os desafios para o desenvolvimento da Saúde, Investigação Clínica e de Translação em Portugal até 2030: (i) política e estratégia; (ii) infraestrutura e recursos; (iii) recursos humanos; (iv) internacionalização; (v) literacia e participação ativa dos cidadãos; e (vi) inovação.

Desde há duas décadas a investigação em saúde em Portugal está em rápido desenvolvimento, principalmente pela mão de investigadores nas universidades e centros de investigação, mas também em empresas, no entanto, há ainda um longo caminho a percorrer. De facto, a investigação e inovação, na área da Saúde, Investigação Clínica e de Translação em Portugal depende essencialmente de financiamento a nível de unidades e infraestruturas de investigação, projetos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico, formação de recursos humanos a nível avançado e emprego científico, maioritariamente ligados a universidades e centros de investigação. De acordo com a mais recente publicação da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, a área da Saúde foi a segunda com maior despesa em atividades de Investigação e Desenvolvimento entre 2014 e 2020 de entre as 15 áreas prioritárias definidas pela Estratégia Nacional de Investigação e Inovação para uma Especialização Inteligente. Em 2020, a execução da despesa foi maioritariamente feita pelo setor do ensino superior (48%), seguido do setor empresarial (33%), do Estado (11%) e de instituições privadas sem fins lucrativos (9%); uma tendência verificada desde 2014.

I&D em Saúde: Portugal com pouco investimento público, ainda menos privado

Como referi acima e de acordo com a Agenda, a investigação portuguesa nesta área teve uma evolução importante nos últimos anos devido ao aumento no investimento em infraestruturas, equipamentos e pessoal, devido a uma melhoria na capacitação humana, devido a uma maior dotação/captação de fundos para projectos, e devido a uma maior disposição para colaboração e internacionalização. Ao longo dos últimos 25 anos os níveis de produção científica nacional aumentaram vertiginosamente e as publicações na área da Saúde, incluindo publicações das Ciências da Vida e Engenharia Biomédica, representam à volta de 38% do total da produção científica nacional e, qualitativamente, o impacto desta produção científica em muitas áreas da Saúde é elevado. Também, as unidades de I&D têm aumentado em quantidade e qualidade. No entanto, os níveis de investimento são manifestamente insuficientes tanto no setor público como no setor privado e há poucas empresas a investir significativamente em I&D e, portanto, há menos I&D e Inovação com origem na indústria. Adicionalmente, o número de doutorados a trabalhar no setor privado é muito reduzido, assim como é reduzida a colaboração e interação entre a academia, prestadores de cuidados de saúde e indústria. Este facto impede inevitavelmente a transferência de conhecimento entre setores, condição essencial para o progresso dos cuidados de saúde, do conhecimento científico e para a criação de valor económico, que culminam no bem-estar da população.

A aproximação entre os agentes de investigação e inovação, a ação de organizações como o Health Cluster Portugal, a criação de Centros Académicos Clínicos e de Centros de Investigação Clínica, a sustentabilidade e a promoção das infraestruturas de investigação existentes, nomeadamente as que integram o roteiro Nacional de Infraestruturas de Investigação e a integração em redes de infraestruturas europeias para a investigação clínica e de translação, de que são exemplo a EATRIS e a ECRIN têm, no entanto, contribuído para a melhoria do desempenho do setor e são fundamentais para o seu progresso. A Agência De Investigação Clínica e Inovação Biomédica[3] foi criada por Resolução do Conselho de Ministros no. 20/2016 e tem como missão “promover, coordenar e apoiar as atividades nas áreas da investigação clínica e de translação (IC&T) e inovação biomédica, contribuindo para a otimização do potencial clínico, científico e tecnológico de Portugal”. As suas atividades passam por mobilizar fundos nacionais e comunitários e promoção da IC&T e inovação biomédica; agilizar actividades de I&D e colaboração entre unidades de cuidados de saúde e outras instituições de saúde, instituições científicas e académicas, e outras organizações que actuam neste âmbito, no sentido de potenciar a investigação clínica e translacional para a criação de valor acrescentado para a sociedade, para os doentes, para o sistema de saúde e para a formação superior na área da saúde com o intuito de uma melhoria contínua dos serviços de saúde e à excelência da prestação de cuidados médicos; promover a cultura científica e a criação de valor económico na área da saúde e garantir a sua sustentabilidade.

Assim, para acompanhar a excelente investigação básica e aplicada que se faz em Portugal na área da saúde, estão dados os primeiros passos para que a investigação clínica e de translação seja estruturada, apoiada e desenvolvida. São prioridades a promoção da saúde, a prevenção da doença, e a reorientação de políticas públicas com base em evidência científica; investir numa medicina precisa e centrada no doente que depende de e potencia o desenvolvimento de terapêuticas; a recolha, o tratamento e a partilha de dados para o avanço na saúde digital, ciência de dados e tecnologias médicas que permitem a medicina personalizada.

Para concretizarmos estas prioridades é imprescindível ter um plano estratégico para o sector da saúde que promova a colaboração entre a academia, profissionais de saúde e a indústria; assegurar um financiamento adequado em todas as fases da investigação; criar e garantir a sustentabilidade de infraestruturas, a capacitação dos recursos humanos, e a criação de emprego científico; desenvolver a literacia em saúde e a participação activa dos cidadãos; promover e fomentar a inovação.

Só assim podemos desenvolver competências em investigação e capacitar o Serviço Nacional de Saúde, pela saúde e riqueza do país.

Notas:

1 -  vídeo de uma apresentação da primeira autora do estudo: https://nanoporetech.com/resource-centre/video/lc21/intraoperative-dna-m... acesso ao artigo científico usando o DOI: 10.1093/noajnl/vdab149

2 -  https://www.fct.pt/agendastematicas/docs/Agenda_Saude_Investigacao_Clinica_e_de_Translacao_Versao_Finalizacao.pdf

3 - https://aicib.pt

(...)

Esquerda Saúde 2

Revista Esquerda Saúde nº2

31 de May

A edição de junho de 2022 já está disponível online e traz em destaque um dossier sobre investigação em saúde. Leia aqui a revista em formato pdf.

Editorial: Já está na altura de dignificar o trabalho médico?

31 de May

Horas extra, precariedade, perda de salário e uma pandemia. Numa profissão que defende a humanização dos cuidados de saúde, não é compreensível que quem presta cuidados o faça sob condições desumanas. Por Tânia Russo, médica no Hospital Amadora-Sintra, dirigente sindical e deputada municipal em Sintra

EUA: O triunfo do conservadorismo contra as decisões das mulheres

31 de May

O país encontra-se dividido entre os estados que permitem livremente o acesso ao aborto nas condições da lei (até às 24 semanas de gestação) aceitando mesmo mulheres de outros estados, e os que reduzem drasticamente as condições da lei, com sistemáticas represálias em relação aos profissionais de saúde que colaboram na prática de aborto.  Por Ana Campos, médica obstetra

 

“Das pessoas trans que recorreram ao SNS, mais de metade sofreu discriminação”

31 de May

Entrevista a Jo Rodrigues, presidente da Anémona, uma associação de profissionais de saúde e seus aliados criada para aproximar os serviços de saúde das pessoas transgénero e não-binárias e combater a transfobia.

 

Hayek, Pinochet e os social-liberais entram num bar…

31 de May

No Chile, a ‘reforma’ liberal é cara e ineficiente. Custa 7% do salário aos utentes, canaliza 50% dos recursos para 20% da população e os ganhos em saúde são alcançados pela resposta pública e não pela privada. Por Moisés Ferreira, dirigente do Bloco de Esquerda

O negócio vai bem (a Saúde nem por isso)

31 de May

A faturação e os lucros dos grupos privados da saúde não pára de aumentar. Estes lucros crescentes não impedem que estas empresas sejam conhecidas por más práticas laborais. Por Maria Ribeiro, enfermeira emigrada na Bélgica

 

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31 de May

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O papel do mercado no desenvolvimento de vacinas: Fonte de avanços ou força de bloqueios?

31 de May

Parto para esta reflexão com base em dois exemplos muito concretos: o das vacinas de mRNA contra a COVID-19, que todos conhecemos, e o de uma vacina contra a malária, o principal foco de vários anos da minha investigação científica. Por Miguel Prudêncio, investigador principal do Instituto de Medicina molecular

Quem deve financiar a ciência?

31 de May

Sem financiamento público, a investigação básica não fica assegurada. Sendo esta  investigação fundamental para o avanço do conhecimento, mesmo a investigação mais  aplicada fica em sérios riscos a longo-prazo sem um sério investimento a montante.  Por Ana Isabel Silva, investigadora em Ciências da Saúde no i3S.

Eutanásia: Uma lei contra a prepotência

31 de May

As iniciativas dos partidos proponentes da despenalização, já entregues ou anunciadas, mostram que a Assembleia da República manterá o registo de responsabilidade e de tolerância que imprimiu a todo o processo anterior. Por José Manuel Pureza, dirigente do Bloco de Esquerda.

Cuidados paliativos: Direitos humanos em fim de vida

31 de May

É prioritário investir na formação diferenciada em cuidados paliativos dos profissionais de saúde e criar novas unidades de apoio ao internamento paliativo na comunidade que permitam o controlo de sintomas e prevenção de complicações, aliviando o sofrimento, permitindo assim cuidados personalizados e de proximidade. Por Gisela Almeida, Enfermeira Especialista, Instituto Português de Oncologia, Coimbra

 

Acolher e cuidar dos refugiados

31 de May

Embora a lei determine que o refugiado tem direito a cuidados de saúde no SNS, quem está nos serviços de saúde conhece bem que nem sempre são dadas as respostas céleres e adequadas aos refugiados que a eles recorrem. Por Sónia Pinto, enfermeira de família.

Açores: Para os profissionais de saúde, uma salva de… precariedade!

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É verdade que o reforço de meios humanos foi necessário para o combate à pandemia, mas também o é para o normal funcionamento e recuperação de toda a atividade assistencial. Por Jéssica Pacheco, enfermeira, Açores.

Transformar o SNS, a agenda de um encontro à esquerda

31 de May

Realizou-se a 21 de Maio o Encontro Nacional Sobre Saúde do Bloco de Esquerda, em Lisboa. Foram vários os contributos para o debate e destacamos aqui algumas breves passagens de cada um.

Revisão da literatura – a legalização da canábis aumenta o consumo entre os jovens?

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Uruguai e Canadá legalizaram a canábis recretiva em 2013 e 2018, respetivamente. Dois estudos recentes sobre o consumo recreativo oferecem-nos uma visão sobre o que pode ser a realidade após a legalização. Por Bruno Maia, médico.