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A deserção na guerra colonial

A história da guerra é também feita daqueles que a recusaram fazer. Fernando Cardeira conversará connosco sobre o seu percurso de deserção e sobre a importância do fenómeno no desgaste da legitimidade da guerra e da ditadura que a conduzia. Conversa com Fernando Cardeira, conduzida por Fernando Rosas e Miguel Cardina. 

Fernando Mariano Cardeira nasceu em Fanhais, Nazaré, a 11 de Outubro de 1943. Ingressou na Academia Militar em 1961 e, em 1965, no Instituto Superior Técnico. Em 1968 requer o abate ao efetivo da Academia Militar por discordar da política colonial do governo. Foi forçado a interromper o curso de Engenharia no IST. Reclassificado em tenente-miliciano de Infantaria em Mafra, Abril de 1969. Mobilizado para a Guerra Colonial em Maio de 1970. Em 23 Agosto de 1970 deserta a salto pela Serra do Gerês e pede asilo político na Suécia.
Regressa a Portugal em Junho de 1974. Integrado no Exército como oficial-miliciano é convidado para Director de Informação da RTP, onde fica de Abril de 1975 a Abril de 1976. Completa a licenciatura em Engenharia Electrotécnica no Instituto Superior Técnico em 1977.
Foi funcionário dos Serviços de Apoio do Conselho da Revolução até Agosto de 1979, data em que deixa as Forças Armadas. Completa o Curso de Engenharia Nuclear no Institut National des Sciences et Techniques Nucléaires de Saclay, França, em Setembro de 1980. Em 1986 ingressa no Reator Português de Investigação como Supervisor. Aposenta-se em 2004. Representou Portugal em vários comités científicos da OCDE e da União Europeia. Foi um dos fundadores da Associação de Exilados Políticos Portugueses (AEP61/74) em 2015.
É atualmente Presidente da Direção da Associação Movimento Cívico Não Apaguem a Memória-NAM.

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