Ana Carolina Gomes

Ana Carolina Gomes

Ativista na Plataforma Já Marchavas, pertence à equipa editorial do Interior do Avesso. Membro da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda, da comissão distrital e da concelhia de Viseu. Licenciada em Antropologia.

Pela ideia de casa, pela sua materialidade, pela liberdade de atravessar o umbral, pela liberdade de construir rua: dia 30 é dia de afirmar que casa é para viver e que para a vida é fundamental a casa.

Verão é tempo de bailes, de festas e festivais. Mas como se baila num país em que a cultura é o parente pobre, o refugo desrespeitado e instrumentalizado, ao invés do que deveria ser: matéria nutrida e distribuída, argamassa coletiva e comunitária, espaço de liberdade e humanidade?

Hoje as marchas são cada vez mais e cada vez mais participadas, com grande afluência jovem, sendo um espaço privilegiado de ativismo e politização. Mas a natureza historicamente e intrinsecamente política destas manifestações não está alheia a ameaças.

“Ao ódio respondemos com fraternidade, camaradagem, companheirismo e amor. Viseu pode ser uma melhor cidade para viver COM a Marcha, com movimento, com cor, com vozes LGBTQIA+ cheias de Orgulho.”

Touradas são violentas e uma experiência feroz para quem a elas assiste, particularmente para crianças e jovens, que quando expostas àquilo que é uma verdadeira antítese da relação ideal com animais e natureza, sofrem um impacto emocional negativo.

Quando uma proposta da Administração Central do Sistema de Saúde fala em incluir como critérios de avaliação de equipas de saúde familiar as IVG realizadas pelas utentes e a existência de DST nas mulheres - estamos perante uma forma de biopoder. Um biopoder patriarcal.

Cada dia adiado é um dia de cumplicidade com a intensificação das assimetrias regionais e com a litoralização cada vez mais evidente do nosso país.

Já passaram mais de 10 anos desde a introdução de portagens na A24 e na A25 pelo governo do PSD/CDS, com o apoio do PS. Por justiça e coesão territorial, continuamos a bater-nos pelo fim das portagens na A24 e na A25.

E este é um excelente voto para 2022: para garantir direitos fundamentais e uma sociedade mais justa e coesa, vamos quebrar os limites do que é considerado possível?

A história do IP3 é trágica e é neste registo que continua a ser escrita.