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Uma cidade mais segura, com mais mobilidade

A cultura do automóvel matou mais uma pessoa este mês, em Lisboa. A cidade tem de ter um objetivo: zero mortes nas ruas e nas estradas.

Resgatar o espaço público ao trânsito automóvel é bom para a cidade e mais seguro para os lisboetas. Precisamos de mais ciclovias e mais zonas sem carros para que as pessoas possam usar o espaço público em segurança e com a distância social.

Já antes da crise pandémica era claro que uma cidade dependente do transporte automobilizado individual era insustentável. Os problemas do espaço público, da falta de mobilidade, da poluição atmosférica, das doenças respiratórias, exigiam uma visão alternativa ao carro. Agora, sabemos que temos de acelerar a visão de aposta nos transportes públicos e de meios de mobilidade suave para podermos vencer a pandemia e termos alternativa ao transporte individual.

O apoio à compra de bicicletas é um passo de enorme importância para alterar esta cultura de mobilidade perigosa. O programa está bem desenhado - contempla diversos tipos de bicicletas, como as de carga - e promove o comércio local com a obrigatoriedade de comprar a bicicleta no concelho de Lisboa.

Precisamos de mais ciclovias, como a que recentemente foi colocada na Avenida Almirante Reis. Uma avenida que era utilizada como via rápida para os automóveis tornou-se mais segura entre o Martim Moniz e a Praça do Chile. Agora, esta ciclovia tem de ser extendida até à Praça do Areeiro e pela Rua Morais Soares até ao Alto de São João, ligando as ilhas de zonas cicláveis já existentes.

A cidade não precisa de mais carros. Precisa de mais segurança e mobilidade.

Sobre o/a autor(a)

Doutorando na FLUL, Investigador do Centro de Estudos de Teatro/Museu Nacional do Teatro e da Dança /ARTHE, bolseiro da FCT
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