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Galp: do despedimento de precários aos dividendos dos acionistas
No dia 24 de abril, reúne a Assembleia Geral da Galp. Na ordem de trabalhos está a decisão de distribuição de dividendos aos acionistas. A mesma empresa que este mês já despediu mais de 80 trabalhadores precários, só em Sines, segundo denúncia do sindicato do setor, prepara-se para pagar mais de 300 milhões de euros em lucros aos acionistas.
Infelizmente, a proposta do Bloco de proibição de distribuição de dividendos foi chumbada no parlamento na semana passada por PS, PSD e restante direita. Foi um erro que deve ser corrigido. E pode começar a ser corrigido já, na Galp.
O Estado português tem uma participação accionista na empresa. Não tem uma posição de controlo da Galp, mas estará representado na Assembleia Geral que decide sobre a distribuição de dividendos. O que se exige é que o governo dê instruções claras aos seus representantes para votarem contra a distribuição de dividendos. E, já agora, que defendam a reintegração dos trabalhadores precários despedidos.
A decisão sobre a distribuição de dividendos não é pouco importante. Marca a resposta à crise. Porque se é certo que há sacrifícios, é inaceitável que os trabalhadores paguem para os acionistas lucrarem com a crise.
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