Carlos Carujo

Carlos Carujo

Professor.

Em política muitas escolhas disfarçam-se de inevitabilidades para melhor impor a sua autoridade. Agora dizem que tem de ser assim porque querem construir uma fábrica de cimento às portas da cidade de Rio Maior...

O jogo político deste início de Verão é o da revisão constitucional. E parece enfadonho porque exibe uma pseudo-evidência...

É sem grande surpresa que o PS volta a usar o trunfo que guarda sempre na manga. Depois de governar à direita dramatiza à esquerda utilizando a ameaça do regresso ao poder da direita encartada.

Depois do abalo sísmico e do choque mediático fica a paisagem chocante do capitalismo selvagem disfarçado de boas intenções.

A era da ânsia do lucro predatório inclui certamente como ingrediente o poder das empresas multinacionais regado a petróleo.

Há um ultra-conservadorismo nacional que veste desconfortavelmente uma capa liberal.

O mediático juiz Garzón pensou em investigar desaparecimentos, abrir valas comuns. Ironia do destino, os fascistas utilizaram as leis da democracia para o suspender e ameaçar.

Não tem nunca de ser como os poderes do mundo ditam. A política estará onde não houver inevitabilidade económica ou fatalidade antropológica.

Imagens



A guerra foram os rastos verdes na noite. A guerra foi uma estátua a cair do pedestal como um prémio. E antes disso foi uma cimeira respeitável de senhores respeitáveis.

A crise ecológica do planeta é uma evidência, apesar do negacionismo ambiental continuar a espreitar todas as janelas de oportunidade para fazer a sua propaganda. Mesmo contra os seus interesses, os donos do mundo são obrigados a reconhecê-la e a demonstrar a sua incapacidade de resposta. A cimeira de Copenhaga foi o símbolo do falhanço do mundo dos ricos e dos governos em combater as alterações climáticas.