Alexandra Vieira

Alexandra Vieira

Professora de História e Sociologia da Educação. Dirigente do Bloco de Esquerda

As novas formas de comunicação, exponenciadas pela velocidade da luz a que circula a informação na Internet, não vieram para aliviar a carga de trabalho, mas sim para a intensificar, atentando, também, contra os direitos dos trabalhadores.

O olhar científico da História sobre o devir das sociedades humanas não é neutro, é contextualizado numa época, é diverso e, não raramente, é antagónico.

Trinta anos depois da Convenção dos Direitos de Criança, devido aos efeitos sociais e económicos da pandemia, é urgente a adoção de medidas que minimizem todos os riscos de pobreza infantil e de abandono escolar.

Nem a preocupação de tornar o distante perto nem a aproximação dos portugueses e portuguesas que se encontram em diáspora, parece ser uma preocupação do Instituto Camões e até do Ministério da Educação que tutela as escolas portuguesas espalhadas pelo mundo.

O que o isolamento social tornou evidente é que já não é mais possível negar as desigualdades sociais na escola, que nem todos estão na mesma linha de partida, e que é necessário, melhorar, condignamente os apoios sociais às famílias que têm filhos a estudar.

A expressão elevador social é um dos melhores exemplos de como vocábulos entram no linguajar comum e político e o seu uso é naturalizado.

Se da perversidade dos exames nacionais há muito se sabe, da intencionalidade em os manter é que convém indagar. A quem servem?