Nuno Veludo

Nuno Veludo

Autarca em Lisboa. Investigador em Sociedade, Risco e Saúde.

Menosprezar intelectualmente o futebol é entregar de bandeja uma plataforma de disputa mediática às forças conservadoras e reacionárias. Este espaço deve ser disputado, incluindo o próprio modelo capitalista que subjuga um jogo de classes populares aos grandes interesses económicos.

Luís Aguiar-Conraria defende no semanário “Expresso” a facilitação de regras sanitárias para visitas em lares de pessoas idosas devido à atual taxa de vacinação. Deve então fazer-se cair as regras sanitárias em visitas a lares?

Apesar de sabermos que a mobilidade das cidades deve ser profundamente alterada, tem faltado a coragem e audácia para fazer avançar as mudanças necessárias. Porque não agora?

O coronavírus é uma questão de saúde pública transnacional que se securitizou através de uma construção política e social.

Marega deixa o exemplo de coragem. Para casos homofóbicos, machistas ou xenófobos a resposta daqui para a frente só pode ser uma: todas e todos os presentes devem abandonar esse jogo.

A política é uma questão de opções. Podemos satisfazer-nos com a medalha da Capital Verde Europeia ou então tomar medidas para que a cidade seja mais saudável, atinja os objetivos de neutralidade carbónica e combata realmente a urgência climática em que vivemos.

O impacto que o já existente aeroporto da Portela poderá ter sobre a saúde da população de Lisboa não tem tido a atenção devida. Com o anúncio da expansão da sua capacidade, está na altura de sabermos o que isso representa.

O tsunami Conan Osíris já tinha avisado. O terramoto que o traria estava por aí, na internet, em círculos fechados, em redomas de discriminação estética e fonética.

Não se trata apenas da taxa sobre os combustíveis. É uma luta de várias lutas pela justiça social.

Macron vem agora dizer que só com um exército europeu se “protegerá verdadeiramente os europeus das ameaças da China, da Rússia e até mesmo dos Estados Unidos”.