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Zuckerberg admite erro do Facebook

Após dias de silêncio, o fundador do Facebook veio referir-se ao escândalo com a empresa Cambridge Analytica, reconhecendo que a empresa cometeu erros e que tem a obrigação de garantir a segurança dos dados dos utilizadores.
Mark Zuckerberg, fundador do Facebook. Fotografia da sua página oficial no Facebook.
Mark Zuckerberg, fundador do Facebook. Fotografia da sua página oficial no Facebook.

Foi a primeira vez que Mark Zuckerberg abordou a polémica, através de um post na rede social, referindo-se à recolha de dados de milhões de utilizadores do Facebook por parte da empresa Cambridge Analytica para efeitos de propaganda política.

No texto, Zuckerber reconhece “erros” que levaram à recolha de dados de mais de 50 milhões de utilizadores, dizendo que o caso ilustra uma “quebra de confiança entre a Cambridge Analytica e o Facebook” e, pior ainda, uma “quebra de confiança entre o Facebook e os utilizadores”.

Ler mais: Psicográficos: a análise comportamental que ajudou a  Cambridge Analytica a conhecer as mentes dos eleitores

“Temos a responsabilidade de proteger a informação e, se não conseguimos fazê-lo, não vos merecemos. Tenho estado a trabalhar de forma a entender exatamente o que aconteceu e a garantir que não se passará novamente. A boa notícia é que as ações mais importantes para poder prevenir que isto volte a acontecer já foram tomadas há anos. Mas também cometemos erros, há mais a fazer, e temos de fazê-lo.”, afirmou, antes de anunciar três alterações prioritárias: investigar todas as aplicações que tinham acesso a grandes quantidades de informação antes das mudanças da plataforma em prol da redução dramática do acesso à informação; a restrição do acesso à informação; garantir que os utilizadores sabem a que aplicações concederam o acesso aos seus dados.

Estas declarações surgem após dias de silêncio.

(...)

Neste dossier:

Ghost in the Shell, de Mamoru Oshii.

Google e Facebook - a privatização da privacidade

O período de consentimento e participação na maior operação de invasão da privacidade alguma vez operada na história da humanidade parece ter sofrido o seu primeiro momento de crise. Dossier organizado por Tiago Ivo Cruz. 

Mark Zuckerberg ao lado do número de utilizadores do Facebook, Instagram, WhatsApp, Messenger, e Groups, em Março de 2015. Foto de Maurizio Pesce / Wikimedia.

Nem sequer precisaram de piratear o Facebook

“A Cambridge Analytica pirateou a nossa informação online para ajudar à eleição de Donald Trump. É um escândalo, mas não é nada de novo”. Artigo de Branko Marcetic publicado em Jacobinmag.com.

O Arquiteto, em Matrix Reloaded.

Exatamente quanta informação reuniu o Facebook e a Google sobre si? Vai ficar assustado.

Que a Google e o Facebook reúnem informação privada já não surpreende ninguém, mas o volume de informação reunida apenas por estas duas multinacionais está a surpreender mesmo os profissionais da área. Aqui fica um guia para tentar controlar a sua informação privada.

Mark Zuckerberg, fundador do Facebook. Fotografia da sua página oficial no Facebook.

Zuckerberg admite erro do Facebook

Após dias de silêncio, o fundador do Facebook veio referir-se ao escândalo com a empresa Cambridge Analytica, reconhecendo que a empresa cometeu erros e que tem a obrigação de garantir a segurança dos dados dos utilizadores.

Mark Zuckerberg, presidente e fundador do Facebook, fala durante o lançamento de produto Oculus Connect 4 em San Jose, California, numa quarta-feira, 11 de outubro de 2017.

Facebook ocultou páginas onde promovia a sua capacidade de influenciar eleições

Até recentemente, "havia uma secção inteira do site dedicada a divulgar as “histórias de sucesso” de campanhas políticas que usaram a rede social para influenciar resultados eleitorais" no Facebook. Um artigo de Sam Biddle publicado no The Intercept.

O Facebook e a manipulação das nossas opiniões

Os nossos dados podem ser roubados, analisados e tratados por empresas, de forma a manipular a nossa opinião e condicionar o nosso sentido de voto e a nossa escolha em futuras eleições

Crónica de Moisés Ferreira

Fotografia: GarryKillian/Shutterstock

Psicográficos: a análise comportamental que ajudou a Cambridge Analytica a conhecer as mentes dos eleitores

A Cambridge Analytica foi contratada para a campanha de Trump e forneceu uma nova arma para a máquina eleitoral. Enquanto usava segmentos demográficos para identificar grupos de eleitores, tal como na campanha de Clinton, a Cambridge Analytica também segmentou através de psicográficos. Por Michael Wade.

Não apaguem o Facebook, regulem-no

O escândalo do Facebook/Cambridge Analytica mostra que chegou a hora das plataformas de comunicação serem reconhecidas como bens essenciais para a sociedade moderna. Artigo de Bruce Shapiro.

Foto Belinda Lawley/Southbank Centre/Flickr

Eu inventei a web. Aqui estão três coisas a mudar para a salvarmos

Neste artigo, Tim Berners-Lee alerta para a perda de controlo dos dados pessoais que acabam por se virar contra os utilizadores através de campanhas personalizadas de desinformação.