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Os Planos Locais de Saúde

Um Plano Estratégico de Desenvolvimento não pode deixar de parte a vertente da saúde e a sua população em geral.

Foi em maio passado apresentado aos setubalenses o Plano de Desenvolvimento Estratégico Setúbal 2026. Onde seria reconhecida a necessidade, segundo a Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados de “uma internacionalização mais completa do ponto de vista do conhecimento, da educação, do turismo, da indústria e de um ponto de vista mais geral. Não vai ser em tudo, mas, em todos estes eixos, Setúbal tem de encontrar as suas ligações internacionais, para poder ser relevante à escala nacional e regional e para poder valorizar os seus recursos endógenos, que são claríssimos e interessantes",o estudo pretendeu identificar um conjunto de caminhos estratégicos para a definição do futuro da cidade de Setúbal.

Realmente “Não vai ser em tudo,” e não foi, de fora ficaram os próprios setubalenses, a população que compõe todo o tecido turístico, industrial, económico e muito especialmente o ambiental.

O Bloco de Esquerda na sua atuação política dedica sempre a sua primeira preocupação às pessoas, os cidadãos e cidadãs, devem ser os principais e diretos beneficiários das soluções encontradas, e em nosso entender, um Plano Local de Saúde será a base do bom desenvolvimento de qualquer urbe.

Quando se escreve que o insucesso escolar se deve a problemas sociais, ficamos sem saber qual a principal causa a eliminar, sendo tantas as possíveis. Quando constatamos que milhares continuam sem médico de família, entendemos perfeitamente porque é que a cura, custa muito mais, do que a prevenção. Quando a sociedade tem dificuldade em perceber o impacto dilacerante de quem sofre de Fibromialgia, mal físico de difícil identificação médica, por falta de conhecimento científico. É necessário estabelecer uma base selecionada com um conjunto de indicadores de saúde que comprometa o sistema e resulte na monitorização de resultados e ações de melhoria. Uma multiplicidade de fatores, pode ter influência na saúde de uma população. O estado de saúde depende do património genético de cada cidadão, do ambiente social, cultural e físico em que vive. Sendo os indicadores de saúde, instrumentos de medida sumária que refletem, direta ou indiretamente, informações relevantes sobre diferentes atributos e dimensões da saúde bem como os fatores que a determinam. Estes indicadores podem ser usados para melhorar o conhecimento sobre os determinantes da saúde e identificar lacunas no estado de saúde, ou populações específicas os quais são igualmente úteis no planeamento e na política de saúde local, através de um Plano Local de Saúde desenvolvido pelo Município e Juntas de Freguesia, em coordenação com os agentes regionais da saúde.

O País regista um grande atraso nesta matéria, estudo, planeamento e desenvolvimento de ações, tendo em atenção as pessoas, mas o tempo é de viragem de atenções, assim, um Plano Estratégico de Desenvolvimento não pode deixar de parte a vertente da saúde e a sua população em geral.

Sobre o/a autor(a)

Dirigente associativo, autarca e dirigente do Bloco de Esquerda em Setúbal
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