António Lima

António Lima

Deputado do Bloco de Esquerda na Assembleia Regional dos Açores e Coordenador regional do Bloco/Açores

A medida do governo de direita, uma implementação da chamada teoria do “Trickle Down” que defende que, baixando os impostos aos ricos, as classes mais baixas irão também beneficiar do suposto crescimento económico gerado, não funciona.

O estado a que chegou a política cultural nos Açores com este governo da direita é preocupante. Assiste-se a um verdadeiro desprezo e abandono da cultura pelo governo regional.

O que o HDES e todo o Serviço Regional de Saúde precisa e precisava há muito, é de investimento, modernização e atração e fixação de profissionais. A política de saúde do governo é inexistente, o que significa abrir mercado para o setor privado que se aproveita das fragilidades do SRS.

O governo regional criou um novo conceito de gestão partilhada - os recursos minerais passam a ser partilhados entre multinacionais extrativistas e o governo da república. A porta não está entreaberta à mineração em mar profundo. Está escancarada!

Ao invés da resposta necessária e urgente: o investimento no aumento de vagas, o PSD-Açores e a restante direita que governa os Açores, opta pela solução da extrema-direita com a agravante de procurar, com desinformação, querer fazer crer à opinião pública que fez o trabalho de casa.

A polarização causada pela crise política, associada à campanha assente no medo, subtraíram à esquerda. O Bloco não conseguiu contrariar essa tendência e não cumpriu os seus objetivos. Ainda assim, resistimos e fomos a quarta força, num contexto muito difícil para a esquerda.

Votar na direita, em qualquer dos partidos da direita, é um cheque em branco para deixar tudo como está. Um governo de Bolieiro e da coligação PSD/CDS/PPM será mais do mesmo. Os mesmos resultados negativos na educação, na saúde, na falta de respostas para a habitação.

Não teria tempo para listar todos os incumprimentos de Bolieiro e seus parceiros. Por isso aqui fica uma lista de 5 dos incumprimentos mais graves de compromissos constantes do programa de governo.

Nas últimas semanas, ao mesmo tempo que se instalava definitivamente a crise política nos Açores, conhecemos indicadores verdadeiramente preocupantes na região. Esses indicadores dão conta de um sério agravamento das condições de vida, contrariando a propaganda governamental.

A solução de governo engendrada por Bolieiro significou sempre instabilidade para os Açores e para a vida das pessoas. A degradação dos serviços públicos é um sintoma da instabilidade permanente.