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Brasil: ONU acusa Temer de abrir portas a genocídio indígena

Durante a 15ª Sessão do Fórum Permanente da ONU sobre as questões indígenas (UNPFII), a filipina Victoria Tauli Corpuz teceu duras críticas ao governo interino de Michel Temer (PMDB) face à extinção do Ministério da Cultura (MinC) e da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, e também à nomeação para o executivo de políticos anti-indígenas.

Em causa estão ministros como Blairo Maggi (PP-MT), com a pasta da Agricultura, que é apontado como o maior plantador de soja do mundo, Alexandre de Moraes, ministro da Justiça, que já anunciou que pode rever demarcações de terras indígenas, e Romero Jucá (PMDB-RR), responsável pelo Planeamento e autor de um projeto de lei que visa autorizar a mineração em terras indígenas. Jucá é, inclusive, acusado publicamente pelo chefe Yanomami Davi Kopenawa de participar da exploração ilegal de ouro na Terra Indígena Yanomami.

A relatora especial da ONU para os direitos indígenas alertou para o risco de violência, violações de direitos e, inclusive, para a possibilidade de esse processo ter um efeito genocida.