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Deputado do Bloco eleito pela Madeira só poderia votar contra

Paulino Ascenção explicou que só poderia votar contra o orçamento retificativo, em conjunto com o seu grupo parlamentar, alegando que “o Governo recusou comprometer-se com medidas que evitassem futuras utilizações do dinheiro dos contribuintes para salvar bancos privados”.

Em comunicado de imprensa, o Bloco de Esquerda da Madeira justificou o voto contra o Orçamento Retificativo do deputado eleito pela região, Paulino Ascenção, alegando que sempre defenderam “a integração do Banif na CGD ou a sua manutenção como banco público das ilhas, como instituição independente”, uma solução que “terá sido autorizada pela Europa em 2013, apesar de nunca concretizada, em alternativa à solução então adotada e antes da concessão das ajudas do Estado, quer ao Banif, quer à Caixa”.

Além disso, “o Bloco pediu ao Governo um compromisso forte com medidas que afastassem futuras utilizações do dinheiro dos contribuintes para salvar os bancos privados, e na expectativa de uma resposta positiva, o nosso grupo parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira absteve-se no parecer positivo emitido pelo parlamento madeirense”, argumentam os elementos do Secretariado Executivo do Bloco nesta região, no comunicado.

No comunicado, o Bloco-Madeira acusa o anterior governo PSD-CDS de ter abdicado da posição dominante no banco após a intervenção do Estado: "deixou os privados ao leme e nada fez para encontrar uma solução que defendesse o interesse coletivo e em particular os interesses da economia da Madeira”.

Pela administração do Banif passaram “ilustres dirigentes do PSD-Madeira, como Tranquada Gomes (atual presidente da Assembleia Legislativa da Madeira), Paulo Fontes (ex-secretário regional das Finanças, deputados e vice-presidente do parlamento madeirense) e Miguel de Sousa (atual deputado e vice-presidente deste órgão de governo próprio da região), todos do PSD/M” lembram.