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Líder do Grupo Mello vai ser julgado por crimes de mercado

Vasco de Mello está acusado pelo crime de abuso de informação privilegiada numa operação de compra e venda de ações da Cimpor em 2012.
Vasco de Mello. Foto António Cotrim/Lusa

A Procuradoria Geral Distrital de Lisboa anunciou que o líder da Brisa vai mesmo ser julgado por um negócio de compra e venda de ações que lhe rendeu 22.500 euros em apenas 48 horas.

Segundo a acusação, no dia 30 de março de 2012 Vasco de Mello deu ao BCP uma ordem de compra de 50 mil ações da Cimpor, quando estavam cotadas a 5 euros. Dois dias depois, mandou-as vender por 5.45 euros.

Nesse período estavam a decorrer negociações para uma Operação Pública de Aquisição da Cimpor, das quais Vasco de Mello teria conhecimento sem que essa informação tivesse ainda sido transmitida aos mercados.

“Nos termos da pronúncia, o arguido tomou as referidas decisões de investimento com uso, em proveito próprio, de informação que não era conhecida pelo público e que o colocou em desigualdade, por vantagem, perante os demais investidores em mercado bolsista, o que quis e conseguiu, atentando contra as regras da concorrência e confiança desse mesmo mercado”, refere o texto divulgado pela Procuradoria.

Quando a investigação surgiu noticiada na imprensa, o presidente da Brisa e do Grupo Mello reclamou a sua inocência, afirmando tratar-se de uma operação “normal e transparente”.

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