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Trabalhadores ferroviários contra privatizações no setor

Medidas impostas pelo governo PSD/CDS-PP “marcaram um inaceitável retrocesso civilizacional no que à mobilidade sustentável de pessoas e bens diz respeito”, defendem, reclamando a reversão da fusão da Refer com Estradas de Portugal, anulação da privatização da CP-Carga, investimento na EMEF e CP e Plano Nacional de Transportes "que assente num sistema ferroviário como espinha dorsal".
Foto de Paulete Matos.

Esta terça-feira, os representantes de trabalhadores ferroviários, membros de diversos sindicatos e Comissões de Trabalhadores, reunidos em plenário/concentração, aprovaram uma resolução na qual destacam que “as eleições do passado dia 4 de outubro encerram um ciclo político caracterizado pelo total desprezo pelo serviço público de transporte ferroviário, por um brutal ataque aos Direitos sociais e laborais dos trabalhadores e utentes esvaziando desta forma a componente social do caminho-de-ferro”.

“Medidas que marcaram um inaceitável retrocesso civilizacional no que à mobilidade sustentável de pessoas e bens diz respeito”, acrescentam.

No documento, “que foi logo entregue a deputados do PCP, do Bloco e dos Verdes, que se deslocaram ao local, e que será enviado a todos os restantes”, os trabalhadores afirmam também “repudiar todas as manobras que visam adulterar os resultados eleitorais e manter no governo uma minoria cujo objectivo é o de perpetuar políticas que os trabalhadores, pela luta e pelo voto, disseram não”.

Os trabalhadores ferroviários reclamam da nova maioria na Assembleia da República que tome a iniciativa de reverter a fusão da REFER com as Estradas de Portugal, bem como que pare “o processo de privatização em curso na CP-Carga” e invista “em meios humanos e materiais da CP, nomeadamente através da contratação de mais efectivos e da aquisição de material circulante novo para a linha de Cascais e para o serviço regional diesel”.

Defendem ainda a adoção de medidas que visem “dotar a EMEF dos meios técnicos, humanos e financeiros com vista a garantir a manutenção e reparação do material circulante com qualidade e segurança, podendo ainda assumir a construção de material circulante”.

Para os trabalhadores, é fundamental a “elaboração de um Plano Nacional de Transportes, que assente num sistema ferroviário como a sua espinha dorsal, e que tenha em conta os interesses de desenvolvimento integrado do país, as reais necessidades da economia e as necessidades de mobilidade das populações em todo o território nacional”.

Entre as suas reivindicações, encontra-se também a revogação “do Decreto-lei 133/2013 e todas as normas do Orçamento do estado que roubam salários, retiram o direito ao transporte ferroviário de trabalhadores e reformados e que suspendem a Contratação Coletiva”.

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