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Precários denunciam humilhação de desempregados em montra de loja
“Os candidatos a emprego foram obrigados a realizar a entrevista na montra de uma loja, num triste espectáculo de exposição e vexação. O direito à privacidade é um dos direitos mais elementares de todos os trabalhadores, ainda mais no processo de contratação”, criticam os Precários Inflexíveis, que publicaram a imagem da montra onde decorria a entrevista de emprego na sua página do Facebook.
A foto teve centenas de partilhas e de comentários negativos em relação à marca, pela humilhação a que expõe os seus candidatos a emprego.
A empresa Calzedonia promoveu hoje, em Lisboa, uma lamentável sessão de recrutamento. Os candidatos a emprego foram...
Posted by Precários Inflexíveis on Quinta-feira, 29 de Outubro de 2015
Em declarações ao Público, Adriano Campos, dos Precários Inflexíveis, afirmou que Calzedónia "já é conhecida por pagar mal aos seus funcionários e de promover uma política de precariedade". E que a nova ação de marketing da empresa "acaba por ir contra o direito básico à privacidade no processo de candidatura a um emprego".
Também contactado pelo Público, o advogado Fausto Leite, especialista em direito laboral, diz que a atitude da empresa é “oportunista”: “Aproveitam o drama do desemprego e expõem de forma humilhante as pessoas que andam à procura de emprego”, numa iniciativa que “ofende a dignidade dos candidatos” e “ofende o princípio da igualdade no acesso a emprego e no trabalho e da proibição de discriminação” previsto no Código do Trabalho. Nem a marca nem a ACT responderam às questões enviadas pelo jornal.
Comments
Recordo-me que até nos meus
Recordo-me que até nos meus primeiros empregos há mais de 10 anos (fast-food, lojas, call-centers...), apesar de precários e mal pagos, as entrevistas foram conduzidas em locais com alguma privacidade, como escritórios e afins. Como se já não bastasse o desespero das pessoas que procuram trabalho seja ele qual for, e ter de simpaticamente demonstrar um entusiasmo e determinação por um trabalho que muitas vezes não é o que desejam, mas ao qual têm de recorrer para sobreviver - ainda acontece uma vergonha destas, uma humilhação da condição humana nesta ridicula exposição de algo que deveria ser conduzido em privacidade. A atitude da loja - somando-lhe depois o crime que cometeram ao deitar os curriculos fora em plena rua, é algo que só posso classificar de nojento!!!
Esta gerentes de loja que
Esta gerentes de loja que proproe estes tipos de acções são meramente parvos.
Nao percebo qual o interesse de estarem numa montra a serem escrutinados pelo transientes, de repente os candidatos tornaram-se um produto?
Isto parece uma cena do red district, porem sem qualquer tipo de beneficio monetario.
isto parece ser a loja da rua do carmo em lisboa.
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