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Angola: Todos os ativistas presos pedem a Luaty que termine greve de fome

Rafael Marques visitou os 14 presos, que pedem ao rapper que termine a greve da fome e volte para junto deles “com saúde” e “com vida”. Depois transmitiu as mensagens a Luaty Beirão para que "sem pressão", ouça a voz "dos seus companheiros de prisão, aquilo que eles pensam que devem de ser os próximos passos".
Os 14 presoss políticos angolanos dizem a Luaty Beirão que "precisam dele vivo e com saúde e de gizar estratégias" todos juntos
Os 14 presoss políticos angolanos dizem a Luaty Beirão que "precisam dele vivo e com saúde e de gizar estratégias" todos juntos

"Eles pedem que o Luaty regresse para o seu meio, como líder moral, como indivíduo a quem olham com bastante respeito, que volte com saúde e que volte com vida", contou à Lusa Rafael Marques.

O jornalista foi autorizado pelas autoridades angolanas a falar com os 15 detidos. Os 14 presos na Cadeia de São Paulo de Luanda escreveram mensagens de cada um dos presos e depois foi à Clínica Girassol dá-las a Luaty Beirão, que cumpriu nesta quarta-feira o 31º dia de greve de fome.

Rafael Marques diz que à exceção de Nelson Dibango que escreveu que "se o Luaty continuar com a greve de fome ele entrará novamente em greve de fome", já fez 10 dias de greve de fome, "todos os outros são unânimes e até diziam que se tivessem essa permissão iriam à clínica e pedir de joelhos'" para Luaty parar, "porque precisam dele vivo e com saúde e de gizar estratégias" todos juntos.

"Nós não estamos aqui a falar de pessoas que estão a fazer pressão para que ele cesse a greve de fome. Estamos a falar daqueles com quem ele compartilha ideias e por quem ele está a sofrer e por quem ele quer continuar a sofrer — que são estes bravos jovens que continuam detidos", salienta o jornalista.

Rafael Marques conclui: "Por uma questão humanitária, tive a permissão para falar com todos os detidos e também para abordar algumas questões relacionadas com a segurança e com as condições carcerárias destes. Penso que é importante reconhecer este gesto e continuar a trabalhar, para que, apesar de termos posições diferentes e na maioria das vezes antagónicas, possamos compreender que estamos a falar do direito à vida".

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