You are here
Personalidades exigem que Governo português intervenha pela libertação de Luaty Beirão

Carta aberta: Pela intervenção do Governo português na libertação de Luaty Beirão
O cantor e ativista político Henrique Luaty Beirão é angolano, mas é também um cidadão português ilegalmente detido no estrangeiro. Sabemos que está disposto a dar a vida por causas maiores, como a da liberdade e justiça.
Também sabemos que a sua morte pode estar próxima, na sequência da sua longa greve de fome. É obrigação constitucional, ética e moral do Governo português não permitir que aconteça.
Temos consciência das dificuldades e complexidade das relações diplomáticas entre Angola e Portugal. Porém, nenhum valor pode erguer-se acima da defesa dos Direitos Humanos. E este é um caso de Direitos Humanos.
É imperativo que o Governo português tome uma posição e publicamente exija a imediata libertação de Henrique Luaty Beirão. É também obrigação do Governo português comunicar a sua posição a toda a CPLP bem como a toda a comunidade mundial empenhada na defesa dos princípios da liberdade e da igualdade. Portugal não pode persistir como testemunha silenciosa e passiva de um lento assassinato político sem se tornar seu cúmplice.
Primeiros subscritores
Almeida Faria, escritor
André E. Teodósio, ator e encenador
António Pinto Ribeiro, ensaísta e programador cultural
Bruno de Almeida, cineasta
Catarina Martins, deputada, porta-voz do Bloco de Esquerda
Gus van Sant, realizador
Inês de Medeiros, deputada e realizadora
Jacques Rancière, filósofo
Joaquim de Almeida, ator
Jorge Silva Melo, encenador e realizador
José Bragança de Miranda, ensaísta
José Gil, filósofo
Maria de Medeiros, atriz
Paulo Furtado, músico
Pedro Costa, cineasta
Rui Chafes, escultor
Rui Tavares, historiador e político, líder do Livre
Stan Douglas, artista plástico
Vanessa Rato, jornalista
Víctor Erice, cineasta
Post scriptum: desde que este texto foi escrito, Henrique Luaty Beirão renunciou publicamente do apoio das autoridades portuguesas. Luaty Beirão está em luta pelo povo angolano e deseja ser tratado como cidadão angolano. A sua posição é compreensível e louvável, prova da sua determinação, coragem e abnegação. Ainda assim, entendemos que as autoridades portuguesas não podem, sob pretexto algum, demitir-se das suas obrigações.
Add new comment